Revista Sesvesp Ed. 100 - Março / Abril 2011 | Page 28

inclusão “ Reconhecemos que o pacto celebrado entre as categorias laboral e econômica com interveniência do Ministério do Trabalho e Emprego veio favorecer a inclusão social das pessoas portadoras de deficiência. A iniciativa é válida, porém há que se aperfeiçoar futuramente, vislumbrando-se um horizonte melhor para que atenda as reais necessidades dos valorosos trabalhadores que se encontram marginalizados, muitos deles vítimas do próprio excesso de trabalho ” Amaro Pereira da Silva Filho, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Segurança e Vigilância de Barueri-SP nal dessas pessoas, todo o trabalho de atendimento psicológico feito no hospital acaba se perdendo porque vão acabar deprimidas e sentindo-se excluídas da sociedade. Assim, decidi dedicar-me à causa da reabilitação profissional das pessoas com deficiência”, conta Carlos A M. Jorge, Coordenador do Instituto Hippocampus. Sobre a parceria com o SESVESP, fruto do pacto coletivo, Carlos elogia mui- “ É preciso abrir mais o campo de trabalho para as pessoas portadoras de deficiência, pois ainda há muita discriminação na sociedade. Como na vigilância, é inviável por causa das características da atividade, devemos criar outras condições de inserção, seja na área administrativa das empresas e de sindicatos ou de outros meios propostos pelo pacto ” Edivan Dias Guarita, Presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Vigilância, Segurança e Similares de São Paulo – SEEVISSP-SP to a iniciativa. “Essa ação é fabulosa! Através dela, estamos conseguindo atingir uma população bastante carente, que de outra forma não teria condições de ser inserida ou de se recolocar profissionalmente”. O SESVESP, com o apoio das empresas aderentes, tem incentivado o esporte paraolímpico com vista à capacidade profissional e inclusão no mercado formal de trabalho dos “ Apesar de não podermos inserir pessoas com deficiências na categoria de vigilância, sempre há a possibilidade de empregá-los em atividades acessórias como monitoramento de imagens e alarmes ou em outros departamentos das empresas de segurança. Por isso acho que é muito importante lutarmos pela inclusão social dessas pessoas, além do patrocínio de equipes de paraatletas ” José Carlos da Silva, Presidente do Sindicato da Categoria Prof.dos Empreg. e de Trabalhadores em Vigilância na Seg. Privada, Conexos e Similares de Piracicaba e Região “Sindivigilância Piracicaba atletas com deficiência, inclusive na condição de aprendizes. Após uma seleção rigorosa, o SESVESP passou então a patrocinar quatro equipes paraolímpicas: Atletismo; Basquete em Cadeiras de Rodas, Natação e Vôlei. As equipes selecionadas utilizam o logotipo do SESVESP em seus uniformes e levam faixas e banners em suas apresentações. Todas as equipes foram campeãs em mui- Cruz de Malta A Ordem de Malta surgiu no século XI, diante da necessidade de se construir em Jerusalém um hospital dedicado a São João Batista, ao lado de sua igreja. A vocação humanitária da então chamada Ordem de São João ficou logo conhecida, pois apesar do hospital destinar-se a acolher peregrinos, também prestava assistência à população local, dedicando-se igualmente a cristãos, judeus e muçulmanos. Com a expulsão dos cristãos dos Lugares Santos, os Cavaleiros de São João transferiram-se para Rodes e mais tarde para a Ilha de Malta. Daí o nome Ordem de Malta. Em 1798, obrigados por Napoleão a abandonar a ilha, finalmente se estabeleceram em Roma. Hoje, a Ordem de Malta é reconhecida como Estado Soberano e mantém relações diplomáticas Revista SESVESP |28| março/abril 2011 com mais de 90 nações, desenvolvendo ações humanitárias em cerca de 160 países. As relações diplomáticas da Ordem de Malta com o Brasil iniciaram-se em 1952 e sua atuação no país, através de Associações Nacionais, vem aliviando o sofrimento de muitas famílias desde 1957. O Centro Assistencial Cruz de Malta, implantado pela Associação de São Paulo e Brasil Meridional na periferia sul da capital paulistana, atende gratuitamente à faixa mais carente da população, sendo conhecido pela assistência prestada aos necessitados, em sua maioria, com saúde precária, baixa escolaridade e sem profissão definida, o que acarreta sérias dificuldades. Há nove séculos, a maior riqueza da Ordem de Malta são as pessoas que, com dedicação e amor, cola- boram para o desenvolvimento das ações humanitárias ao redor do mundo. Além da equipe de profissionais remunerados, estagiários, contribuintes, padrinhos e membros da Ordem, milhares de voluntários em vários dedicam parte de seu tempo livre ao amor ao próximo e formam a base de sustentação da Entidade, contribuindo para transformar a triste realidade dos menos favorecidos.