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Baby Boomers, Geração X, Millennials . Nós, seres humanos,
temos a tendência de classificarmos uns aos outros e a nós
mesmos em grupos. Seja a divisão por classe social, por
inclinação política ou orientação sexual - nós sempre
buscamos um jeito de unir características, agrupando-as em
" clusters ".
Uma das formas mais comuns de agruparmos pessoas é
através das chamadas "gerações", muito usadas pelos
estudiosos das ciências sociais e profissionais de marketing.
Essas gerações não são nada além de divisões por faixas
etárias e períodos de tempo específicos. Geralmente elas
são divididas em fases de 10 a 20 anos, levando em conta
o período histórico e referencial que marcam indivíduos
com faixas etárias semelhantes.
Temos hoje quatro gerações em foco dentro do mercado
de consumo e de trabalho - os Baby Boomers , a Geração
X, os Millennials (também conhecidos como Geração Y) e o
que chamam de Geração Z. E elas se divergem não
apenas pela idade, mas pela forma como enxergam e
interagem com o mundo a sua volta.
TRAÇOS GERACIONAIS
A geração dos baby boomers , nascidos entre 1950, até o
fim dos anos 60, é marcada pelo contexto do pós-guerra e
pelo surgimento de movimentos sociais que contestavam os
regimes vigentes na época. O fato de terem crescido com
instabilidade política e econômica, majoritariamente com
medidas autoritárias, dá a esses jovens um senso de valor
para a liberdade de expressão e, ao mesmo tempo,
necessidade de prosperarem em estabilidade, construindo
família e carreira. Há, nesta geração a marca da hierarquia
bem dividida e da busca por sucesso profissional e pessoal
dentro de estruturas bem determinadas.
A geração X, formada pelos que nascem em 1970 até o
início dos anos 80, é caracterizada por uma ruptura com as
gerações anteriores, visto a posterioridade dos movimentos
de contracultura e marcos históricos como o auge da
Guerra Fria, a queda do muro de Berlim, a ascensão do
vírus da AIDS e o fortalecimento dos grupos de movimentos
sociais. Esses jovens, desse modo, cresceram intuídos a uma
busca por uma maior individualidade e liberdade dentro
das relações sociais, o que marca um primeiro ponto de
tensão acerca dos valores tidos como referência: carreira,
família e estabilidade.
A geração Y, também conhecida como Millennials , por sua
vez, engloba os nascidos entre o início dos anos 80 até
meados dos anos 90, mais criativos e conectados do que as
gerações anteriores, estes jovens têm facilidade com a
tecnologia por terem nascido em meio a revolução causada
pela internet, possuindo características mais globalizadas, já
rompendo com uma estrutura linear e hierárquica, com o
que se entende hoje por "pensamento em rede".
Chegamos então aos mais novos entre as gerações hoje
com poder de consumo - e o novo foco dos mercados -, a
Geração Z. Nascidos já no final dos anos 90, esses jovens
crescem em meio a um mundo já conectado e tecnológico.
São os nativos digitais. Mais rápidos, criativos e capazes de
absorver informação de forma livre e natural, esses jovens
marcam a comunidade global com o ciberativismo e
bandeiras sociais levantadas em prol da diversidade.
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RELEVÂNCIA ATUAL
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Eduardo Estellita, professor de relações interculturais no mestrado em relações
europeias do Instit Cantholique de Paris e de colaboração internacional na PUC-Rio,
apresentando um seminário sobre os contextos em que se formaram as gerações e como
esses as constituem a relação dessas com as organizações. -
https://www.youtube.com/watch?v=pD_LlR4iW8U