folclórica, russa”, declara o di-
retor Zé Henrique de Paula.
Mergulhando
nessa
atmosfera, o público não
poderia ficar tão distante de
tudo. Portanto a montagem
brasileira segue à risca do
original, longe de ser em um
palco
italiano
e
sim
com
passarelas
sinuo-
sas que serpenteiam e
que traz a proximidade
entre o público, através de
mesas que são compartil-
hadas entre eles pelo salão.
Fazendo com que os es-
pectadores
se
aproxi-
mem dos atores e vi-
venciem essa magia do musical. Adriana Del Claro,
atriz e produtora do musical
comenta essa interação: “A
gente vê, presta atenção
no público quando está as-
sistindo, que eles estão
interagindo. Que eles estão
prestando muita atenção.
Até nas cenas que são
silenciosas, mesmo com
o jantar, a gente vê que a
plateia entra naquilo e fica em
silêncio,
muito
bom”.
Para narrar a trama,
o compositor americano
criou uma mistura muito
diferente de estilos e de
gêneros musicais, deixando
o espetáculo de uma forma agradável, fazendo com que
os personagens caem nas
graças no público, por serem
muito dinâmicos e interati-
vos. Fernanda Maia, que
faz a diração do musical, no
primeiro contato com o pú-
blico destaca sua opinião so-
bre a obra: “Fazer a direção
musical desta incrível obra
de Dave Malloy é desafiador
porque, diferente do palco
italiano, onde o aspecto é
bidimensional, somos força-
dos a olhar e ouvir o que acon-
tece em todos os cantos da
sala do espetáculo, a buscar
o som e procurar o contato
com os músicos e os atores”.
Existem diversos fa-
tores positivos que se desta-
cam no musical. Os figuri-
nos e as caracterizações dos
personagens são excelentes
e muito criativos. É impos-
sível não notar o alto nível
de produção. O cenário do
espetáculo é bem simples,
com cortinas vermelhas e
uma cadeira e os adereços
dos personagens, que faz ligação onde é apresenta-
do. Mas o que chama mais
a atenção é o bar que fica à
disposição do público antes
do início da apresentação,
no intervalo e no final. A ilu-
minação é bem complexa,
o ambiente é adaptado e
faz lembrar um clube rus-
so no início do século XIX.
Com 11 luminárias Sputnik
que transforma o espaço e faz com o que o espect-
ador embarque em uma
viagem de volta a 1812.
O musical faz uma
crítica aos tempos passados
e que se remetem aos dias de
hoje. “Os anos vão passan-
do, a sociedade vai mudan-
do, vai evoluindo em algu-
mas coisas. Mas ao mesmo
tempo a gente percebe, que
permanece igual em muitos
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