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QUEBRANDO OS NOVOS PARADIGMAS DOS MUSICAIS “Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812”, desafia os espectadores a entenderem a complexidade e a entrarem na história antes do início da apresentação Com uma nova manei- ra de fazer e dirigir teatro, o diretor Zé Henrique de Paula mostra ao público que não é só no tablado, o famoso pal- co italiano que muitos estão habituados em ver, que são realizados os espetáculos. Existem diferentes formas de apreciar uma montagem. O musical “Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812”, desafia os espectadores a en- tenderem a complexidade e a entrarem na história antes do início da apresentação. Onde é entregue um livro que conta um resumo do que irá acontecer na trama. Zé Henrique de Paula, diretor do musical afirma: “É uma experiência diferente para o público de estar perto das pes- soas, dos atores, de fluir um musical de uma foma que que não é comum”. Criado pelo compositor norte-americano Dave Mal- loy, o espetáculo se tornou um grande sucesso logo em seu ano de estreia em Nova York, com 12 indicações para o prêmio Tony de 2017, justamente por misturar tan- tos estilos distintos. O gênio pegou esse fragmento de setenta e poucas páginas da obra-prima “Guerra e Paz” de Leon Tolstói, transformou em libreto e música. “Nata- sha, Pierre e o Grande Cometa de 1812”, é um musical que se trata de um romance rus- so, com muitos personagens. Há uma guerra em algum lugar lá fora, onde dois jov- ens percorrem por caminhos diferentes com o únco ob 16 jetivo de se encontra- rem e viverem felizes. “Eu assisti esse mu- sical em Nova York no ano passado (2017), e fiquei completamente alucinado, muito eufórico quando aca- bou e fiquei pensando porque esse musical ele é tão difer- ente de todos os outros. E aí depois que acabou fiquei pensando o que que ele tem de diferente, de inusit- ado. Bom acho que é essa combinação de Tolstoi, com Dave Malloy e com o espaço. Porque ele jamais poderia acontecer em um palco ital- iano. Então essa combinação da humanidade do Tolstoi com a música do Dave Mal- loy, que é completamente in- usitada, porque ela mistura ópera, eletrônico, música