“Os horários de visitas eram
diários, com pelo menos duas
visitas por dia. Quem não ia
à tarde, ia à noite. Foram
5 (cinco) dias de coma. Os
procedimentos vinham at-
ravés de orientações, todas
as etapas eram avisadas.
Apesar disso, pelo fato de o
tumor ter chegado nos pul-
mões não dava nenhum tipo
de esperança, pois ele pre-
cisava permanecer em coma
por causa das dores”, rela-
ta Aryelle Catheryne sobre
a situação da sua avó na
UTI. “Após o início do trata-
mento os médicos fizeram o
que estava ao alcance deles,
bem como as enfermeiras.
Os dois casos citados
são de pessoas que ficar-
am internadas em hospitais
públicos. As duas famílias
disseram que os valores
para manter o paciente
dessa forma em hospitais
privados são exorbitante.
Apesar
disso,
reforçam
que, caso tivesse condição,
preferiam que o paciente
fosse tratado por hospitais
privados, pois, dessa for-
ma, poderiam receber um
tratamento
especializado.
Depois do Coma
o processo é lento e
doloroso, pois, depois de
acordar do coma, provavel-
mente o paciente precis-
ará passar por visioter-
apia para se recuperar.
Em casos raros, é pos-
sível que após tratamentos,
como, por exemplo, a fisioter-
apia, o número de sequelas
seja reduzido a estaca zero.
Wendell
Silva,
29
anos, que ficou em coma por
dois dias no hospital Campo
Limpo - SP, fala sobre sua
história e como conseguiu
superar o coma: “Faz mui-
tos anos e não consigo lem-
brar de muita coisa. Eu sai
com amigos naquela noite
e, quando estava voltando
para casa, acabei batendo
minha moto na traseira de
um caminhão parado. Que-
brei a perna e bati a cabeça.
Fiquei em coma por dois dias.
Quando acordei ninguém da
família ou amigo estava no
hospital, pois não estávamos
no horário de visita. Apesar
disso, logo chegaram felizes
por saber que eu tinha con-
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seguido superar. No começo
foi difícil, pois não conseguia
controlar direito meu cor-
po. Eu ficava pensando que
nunca mais conseguia an-
dar ou viver sozinho. Tenta-
va mexer a mão ou os pés,
mas não conseguia. Sem
contar que precisei passar
por vários exames e pro-
cedimentos para voltar ao
normal. Depois de muita fi-
sioterapia, mais ou menos
um ano e meio, conseguia
mexer todas as partes do
meu corpo, mas nunca volt-
ei ao normal por causa da
minha perna que ficou mui-
to prejudicada. Nesse tempo
todo, minha família voltou a
me tratar como criança. Mas
sem eles não conseguiria
superar tudo isso. Hoje vivo
feliz e não penso mais nas
coisas de errado que fiz no
passado... penso em viv-
er apenas todos os dias
enquanto estiver tempo”.
Esse caso, porém, é
difícil de acontecer. A maio-
ria dos paciêntes que ficam
no estado de coma, nor-
malmente adquirem se-
quelas para o resto da vida
ou pode chegar a falecer.