A Política Nacional de Humanização
da Atenção e Gestão do Sistema único de
Saúde acredita que familiares são essen-
ciais para a recuperação do paciente in-
ternado na UTI, mesmo quando o nível
de consciência deste paciente estiver al-
terado, a humanização deve ocorrer at-
ravés de comunicação verbal e não ver-
bal. Apesar disso, muitas UTIs possuem
normais e regras rigorosas, muitas vez-
es, inclusive, dificultando vínculos efe-
tivos entre paciente e seus familiares.
Talvez seja pelo fato dos familiares não
estarem preparados para encarar o sof-
rimento do seu ente querido internado.
“As visitas na UTI eram muito sofridas e
de pouco tempo. Chegávamos e o paci-
ente estava em procedimentos, portan-
to não sabíamos como seria o próximo
minuto... se ainda estaria vivo”, diz Fer-
nanda Munhoz, cujo pai ficou internado
no hospital público por 11 dias, mas não
conseguiu resistir e faleceu. “Os pro-
cedimentos foram muitos: hemodiálise,
drenagem da água de pulmão e para-
das cardiorrespiratória. Fizeram de tudo
para mantê-lo vivo, mas infelizmente
ele faleceu de infecção generalizada”.
“As visitas na UTI
eram muito sofridas e
de pouco tempo”.
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“Logo no primeiro dia do seu interna-
to, Susan estranha o elevado núme-
ro de pacientes que entram na sala de
cirurgia para pequenos procedimentos
e acabam em... coma. Todos os casos
acontecem com pacientes jovens e
saudáveis, que saem das cirurgias com
os cérebros irremediavelmente compro-
metidos. Intrigada, Susan faz pesqui-
sa minuciosa nos relatórios do hospital
e chega a uma conclusão alarmante”.