Revista Reflita revista | Page 13

A Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do Sistema único de Saúde acredita que familiares são essen- ciais para a recuperação do paciente in- ternado na UTI, mesmo quando o nível de consciência deste paciente estiver al- terado, a humanização deve ocorrer at- ravés de comunicação verbal e não ver- bal. Apesar disso, muitas UTIs possuem normais e regras rigorosas, muitas vez- es, inclusive, dificultando vínculos efe- tivos entre paciente e seus familiares. Talvez seja pelo fato dos familiares não estarem preparados para encarar o sof- rimento do seu ente querido internado. “As visitas na UTI eram muito sofridas e de pouco tempo. Chegávamos e o paci- ente estava em procedimentos, portan- to não sabíamos como seria o próximo minuto... se ainda estaria vivo”, diz Fer- nanda Munhoz, cujo pai ficou internado no hospital público por 11 dias, mas não conseguiu resistir e faleceu. “Os pro- cedimentos foram muitos: hemodiálise, drenagem da água de pulmão e para- das cardiorrespiratória. Fizeram de tudo para mantê-lo vivo, mas infelizmente ele faleceu de infecção generalizada”. “As visitas na UTI eram muito sofridas e de pouco tempo”. 12 “Logo no primeiro dia do seu interna- to, Susan estranha o elevado núme- ro de pacientes que entram na sala de cirurgia para pequenos procedimentos e acabam em... coma. Todos os casos acontecem com pacientes jovens e saudáveis, que saem das cirurgias com os cérebros irremediavelmente compro- metidos. Intrigada, Susan faz pesqui- sa minuciosa nos relatórios do hospital e chega a uma conclusão alarmante”.