Revista Pulsar nº 28 PULSAR | Page 5

Prémio Nobel da Física 2008 Este ano foi, mais uma vez, atribuído o prémio Nobel da Física. Como não poderia faltar, a PULSAR foi informar-se sobre a entrega deste prémio. Investigámos um pouco sobre a quebra espontânea de simetria, para que os nossos leitores, Poderás ter mais informações neste artigo feito por Paulo Luz do 2º ano de MEFT. Makoto Kobayashi e Toshihide Maskawa Yoichiro Nambu O Prémio Nobel foi instituído por Alfred Nobel, químico e industrial sueco, inventor da dinamite. Os prémios são entregues anualmente a pessoas que Yoichiro Nambu formulou então uma descrição matemática deste fenómeno ao nível da Física de partículas. Um trabalho altamente relevante pela relação técnicas pioneiras ou deram contribuições destacadas à sociedade nas áreas da Física, Química, Medicina, Literatura e Paz. Ora não fosse esta uma revista que visa as inovações e os conhecimentos no LHC, CERN, onde se poderão simular condições semelhantes às dos primeiros instantes do Universo. Nesse estado de elevadas energias, terão existido simetrias que à medida que o Cosmos se expandiu e arrefeceu terão sido espontaneamente quebradas. A título de exemplo, a ser comprovada destaque aos vencedores do prémio Nobel da Física deste ano. O Prémio Nobel da Física 2008 foi um deles residente nos EUA, pelos seus trabalhos na área de Física subatómica. O residente americano Yoichiro Nambu de 87 anos, pela descoberta do mecanismo de quebra espontânea de simetria, e os japoneses Makoto Kobayashi, de 64 anos e Toshihide Maskawa, de 68 anos, pela descoberta da origem da quebra de simetria. De acordo com a Academia Real das de simetria será a explicação para a procurada ordem na natureza que se esconde por baixo da aparente confusão.” Por uma simples analogia, pode-se explicar o fenómeno da quebra espontânea de simetria imaginando um lápis em posição vertical perfeitamente equilibrado. Eventualmente o lápis cai numa direcção, mas antes de cair estava em perfeita simetria e não havia nenhuma direcção preferencial para cair. No entanto, ao tender para um estado de menor energia, o lápis cai numa direcção quebrando o estado de simetria em que se encontrava. de Higgs, a teoria sugere que a massa resulta então de uma quebra espontânea de simetria do campo de Higgs nesse processo de arrefecimento e expansão. “As simetrias escondidas permitem leis simples e económicas que despontam vários fenómenos sem aparente relação”, comentou o professor Sir Chris Llewellyn Smith director geral do CERN nos anos 90. A quebra de simetria tornou-se um conceito muito poderoso em Física de partículas nas últimas décadas. Nos anos 50 e 60 pensava-se que as leis da Física seriam invariantes independentemente das transformações do sistema de coordenadas espaciais ou temporais. No entanto, por observação dos decaimensimetrias e invariantes eram quebradas. Até aos anos 60 pensava-se que existiria uma relação invariante entre as simetrias C e P. Para a conjugação das cargas temos C, responsável pelo decaimento de uma partícula na sua antipartícula, enquanto que para a paridade temos P, ou inversão de espaço, que representa o la, ou sistema de partículas, em relação à origem do referencial. Mais concretamente, indica que no decaimento do núcleo de uma partícula seriam indistinguíveis o cimo, o baixo, a esquerda e a direita, pois a emissão de radiação seria igual em qualquer direcção. Apesar de haver fenómenos em que estas simetrias eram quebradas, a combinação das duas, CP, pensava-se que era uma invariante da natureza. De acordo com o modelo-padrão, os quarks são as unidades elementares que constituem os núcleos dos protões e neutrões. O propósito deste modelo é ordenar e catalogar as partículas, as correspondentes anti-partículas e as interacções a que estão sujeitas, de forma a explicar os fenómenos de maneira simples. O trabalho de Kobayashi e Maskawa assentou na tentativa de explicação da quebra de simetria CP que era observada, concluindo que se existissem mais dois quar