REVISTA PODIUM Revista Podium 06 - Outubro-2015 | Page 8

PALAVRA DO PRESIDENTE
MAS VAMOS ABORDAR, AGORA, AS METAS DA CBAt, definidas junto a todas as instâncias do esporte. Esses foram os compromissos assumidos pelos dirigentes da CBAt, a partir de decisões tomadas no Fórum e Assembleia Geral, com representantes da comunidade atlética nacional:
• Dar a melhor preparação disponível no mercado mundial para os atletas de nível olímpico com vistas aos Jogos do Rio 2016.
• Consolidar programas de médio e longo prazos, com objetivo de formar atletas para os ciclos olímpicos seguintes, especialmente os de 2020 e 2024.
Falamos, assim, em nome da família do Atletismo, salientando que todos os esforços vêm sendo feitos para atender solicitações a partir de recursos recebidos do Governo Federal, do patrocínio da CAIXA e de parcerias com o Comitê Olímpico do Brasil( COB).
Por uma questão de justiça, devemos afirmar que, hoje, o Brasil tem uma política de esportes. A ser debatida e aprimorada, mas tem. É certo que preencher uma lacuna de décadas e décadas de pouco investimento no esporte não é nada fácil, porém.
ESTAMOS CUIDANDO, COM CARINHO, DAS CATEGORIAS DE base. Além dos campeonatos nacionais e sul-americanos, os selecionados foram ao PAN Juvenil de Edmonton e ao Mundial de Menores em Cáli, sempre com a presença de profissionais de apoio. Nossos atletas foram a várias finais e ganharam medalhas. Os que obtêm resultados de nível internacional entram para o Programa de Apoio a Jovens Talentos, assim como os treinadores que atuam na base.
Outra preocupação é com formação, reciclagem e aperfeiçoamento de treinadores e árbitros. Em 2015 foram ministrados 10 cursos para treinadores no padrão IAAF, oito para o Nível I e dois para o Nível II, três clínicas de MiniAtletismo, e sete cursos básicos de arbitragem.
No ano, além de formar Seleções para 16 competições oficiais, a CBAt organizou 13 Campeonatos Brasileiros, além de apoiar eventos regionais, como os torneios Norte-Nordeste das várias categorias e o Troféu Centro-Oeste de Mirins. Até 31 de julho foram concedidos Permits para 45 corridas de caráter nacional, entre as mais de 1.000 provas realizadas sob o controle das Federações Estaduais.
A Confederação mantém programas de apoio financeiro a atletas e treinadores: Bolsa Pódio( com recursos do Governo Federal), Alto Nível, Jovens Talentos, Corredores de Elite e de Treinadores. Ao todo 147 atletas e treinadores são beneficiados.
Ao mesmo tempo segue o trabalho da Comissão Nacional Antidopagem( CONAD), da CBAt, com as ações de combate ao doping, com especialistas realizando testes durante as competições e também exames-surpresa. O trabalho da CONAD tem sido considerado um modelo pela ABCD( Autoridade Brasileira de Combate de Dopagem).
DESTAQUE, TAMBÉM, PARA A DISPONIBILIDADE ATUAL DE Pistas Oficiais. O Brasil conta com 27 pistas certificadas pela IAAF: oito para Classe 1, para eventos internacionais, e 19 para Classe 2, para torneios regionais e nacionais. Há também o apoio administrativo / financeiro da CBAt às Federações Estaduais. Tudo para que possam desenvolver seu trabalho e focar no desenvolvimento da modalidade.
Por fim, devemos admitir que todo o calendário nacional e internacional foi realizado com muita dificuldade, pois a realidade econômica brasileira não se apresenta favorável no momento. Mesmo assim, apenas o GP Internacional não foi disputado, pois as obrigações financeiras estavam muito acima das nossas possibilidades.
Julgamos procedente reafirmar propósitos, pois o trabalho que todos estamos realizando em prol do Atletismo brasileiro é extremamente sério e compenetrado.
Boa leitura.
(*) José Antonio Martins Fernandes, Presidente da Confederação Brasileira de Atletismo, é Secretário Nacional de Esporte da União Geral dos Trabalhadores e Presidente do Sindicato dos Profissionais de Educação Física de São Paulo e Região. Foi Presidente da Federação Paulista de Atletismo, Vice-Presidente de Esportes da ADC Eletropaulo, membro do Comitê Paralímpico Brasileiro e atleta profissional de futebol.
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