REVISTA PODIUM Revista Podium 06 - Outubro-2015 | Page 7
A Seleção conquistou 13 medalhas no PAN (duas de ouro,
cinco de prata e seis de bronze), e uma de prata num Mundial,
que contou com 207 países. Analisemos os resultados de To-
ronto, em especial, por estar - o PAN - bem mais próximo do
nosso universo e realidade. Convém salientar que, no total de
pódios, a equipe ficou em terceiro lugar, atrás apenas de Esta-
dos Unidos e Canadá, e à frente de Cuba e Jamaica.
Nos Jogos Pan-Americanos, o Brasil colocou atletas en-
tre os oito primeiros em 39 provas. Todos os que militam
no esporte sabem que o nível do evento foi altíssimo, tal-
vez o mais forte no Atletismo de sde Indianápolis, em 1987.
Na cidade canadense, assim como em Indianápolis, há 28
anos, tivemos a participação de medalhistas em Olimpía-
das e Campeonatos Mundiais.
Foi muito forte a prova do salto com vara, decidida en-
tre a nossa Fabiana Murer e a cubana Yarisley Silva. Não foi
por acaso, portanto, que as duas, pouco depois, também
tenham decidido, centímetro a centímetro, os lugares mais
altos do pódio no Mundial de Pequim.
Foram altamente competitivas as provas de velocidade
e revezamento, com nomes de primeira linha, dos Estados
Unidos, Canadá e de países do Caribe. Proporcionamos aos
atletas e treinadores as melhores condições de preparação
para os dois eventos. Dentro das possibilidades da CBAt, o
solicitado foi atendido.
Realizamos campings no Brasil e no exterior, promo-
vendo intercâmbio com diversas escolas do mais alto
nível do cenário mundial. Com recursos próprios e gra-
ças a nossos patrocinadores e parceiros, como a CAIXA,
Governo Federal e COB, pudemos organizar campings
para velocistas, fundistas, marchadores, arremessado-
res, saltadores em diferentes países da Europa, Estados
Unidos, Cuba etc.
Assim sendo, podemos constatar que os atletas da Se-
leção, com a orientação dos treinadores e apoio da equi-
pe multidisciplinar, mostraram esforço e determinação.
Por isso, queremos cumprimentar a todos pelo empenho
e agradecer o apoio recebido das Federações Estaduais e
clubes, pois todos contribuíram para que os nossos atletas
chegassem bem ao PAN e ao Mundial.
Fomos muito procurados pela mídia para abordar o
desempenho do nosso selecionado. A maioria procurou
destacar o avanço de países como o Quênia, a Eritreia, a
Jamaica e outros mais perante o Brasil. Ora, tais países não
deixaram apenas o Brasil para trás. Muitas escolas de forte
tradição também foram superadas por aqueles países.
INVESTIMENTO ALTO É FEITO NO TRABALHO DOS ATLETAS,
técnicos e equipe multidisciplinar. Esta é a área que mais
recursos recebe dentro do orçamento da CBAt, que banca
todas as despesas nas competições oficiais, sejam de via-
gens, hospedagem ou alimentação.
Isso, aliás, é definido por todos os atores do Atletismo
brasileiro, em Fóruns e Assembleias, sempre de forma de-
mocrática, participativa e transparente.
Sabemos que, exceção feita a determinados atletas,
qualificados por seu potencial diferenciado, leva-se de oito
a 12 anos para se formar um atleta com potencial para
conquistar uma medalha olímpica.
O Brasil, é forçoso dizer, passa por um momento de
transição de valores. Procuramos aproveitar tal cenário,
combinando renovação com experiência, seja na pista, no
campo ou corridas de rua. O Sistema do Desporto Nacional
tem uma linha baseada em clubes. São os clubes, portan-
to, que pagam seus atletas e nem sempre aceitam orienta-
ção da Confederação, especialmente as de ordem técnica.
A CBAt, assim sendo, não planeja questões técnicas,
apesar de ter, em seus quadros, colaboradores renomados
e de nível internacional à disposição de tais instituições.
Eliminar possíveis ruídos e, através do diálogo, ajudar na
implantação de melhorias que levam à eficácia, é caminho
de bom termo.
CBAt [7