Revista Panorama #9 Setembro.2012 | Page 6

UNIVERSO GM ] PORTO SEGURO m 19 de agosto de 1997, a General Motors do Brasil abria as portas do Laboratório de Segurança Veicular, no Campo de Provas da Cruz Alta (CPCA), em Indaiatuba, interior de São Paulo. O LSV, como é chamado, surgiu da necessidade de desenvolver e validar sistemas de segurança dos veículos da marca Chevrolet, com o objetivo de atender a requisitos internos da GM e a regulamentações governamentais. Afinal, não basta o carro ter beleza, sofisticação e apresentar itens de alta qualidade. É preciso também torná-lo muito seguro para seus ocupantes. Os primeiros testes de impacto dianteiro e traseiro foram executados em 1975, em uma área aberta do campo de provas. O veículo era movido por um cabo de aço puxado por um Opala. Ricardo Bogar, gerente de Operações do CPCA, explica que o LSV fez parte de um programa de expansão da unidade, que ocorreu entre 1996 e 1998. “Foi um investimento para capacitar toda a equipe do campo de provas para projetos em conjunto com a GM Europa, pois já havia uma tendência para desenvolver modelos globais”. Mas, afinal, o que é feito no LSV? Julio Stellute, engenheiro de Testes de Segurança Veicular do CPCA, responde a esta pergunta. “Nós executamos testes de impacto frontal, tra- E [6 LABORATÓRIO DE SEGURANÇA VEICULAR DO CPCA, EM INDAIATUBA, COMPLETA 15 ANOS GARANTINDO A VIDA DOS CLIENTES DA CHEVROLET seiro e lateral com barreiras rígidas e deformáveis. Também executamos o “Sled Test”, que são simulações de impacto feitas por meio de desaceleração brusca”. Stellute informa ainda que algumas avaliações são feitas separadamente. “Testamos pára-choques, painel de instrumento, volante e calibração de sistema de airbags. Tudo isso para oferecer segurança total aos clientes da marca Chevrolet”. De acordo com o engenheiro de Integração de Segurança de Veículos do CPCA, Marco Gouvea, a segurança veicular divide-se em ativa, que trabalha para evitar as colisões, e passiva, que trabalha para evitar as lesões em condições de colisão e corresponde à maior parte das atividades no LSV. Segundo Gouvea, “a GM do Brasil optou por estabelecer no CPCA um laboratório de segurança, de maneira a capacitar o time de colaboradores e a desenvolver produtos que atendessem às normas exigidas na Europa e nos Estados Unidos. Com essa decisão, a companhia brasileira tornou-se capaz de ser SETEMBRO D E 2 0 1 2 Fotos GM ONIL MELLO JR. um dos cinco centros de desenvolvimento da GM do mundo”. Nesses quinze anos de trabalho, o LSV sofreu adaptações importantes, que resultaram na ampliação de sua capacidade para validar novos projetos. “Entre 2007 e 2008, expandimos o LSV para adicionar os laboratórios de componentes, de câmara climática e o equipamento de ‘Sled Test’. Trabalhamos para que tudo esteja em constante atualização e modernização, nos tornando capazes de executar todos os testes de impacto e atender às regulamentações legais do mundo”, salienta Gouvea. Entre agosto de 1997 e agosto de 2012, foram executados mais de 2.600 testes com aproximadamente 1600 veículos. Nesse período, a equipe do Laboratório de Segurança Veicular aumentou de 11 pessoas, entre técnicos e engenheiros, para um grupo composto por 66 profissionais.