Revista Panorama #8 Agosto 2012 | Page 6

UNIVERSO GM ] com granito polido de diferentes coeficientes de atrito. A de baixo atrito (3.117 metros quadrados) é equivalente às pistas cobertas com gelo e utilizada para testes de desenvolvimento de freios ABS. Já a de médio atrito (5.100 metros quadrados) é similar à de neve compacta e ideal para testar sistemas de controle de tração. Para avaliar o comportamento dos carros nessas áreas, é usado um sistema de irrigação, que borrifa água sobre o granito. A Black Lake tem uma alça de aceleração (1,2 km) que garante que os veículos alcancem a velocidade necessária para os testes. Há também as “Traction Hills”, que são rampas que combinam asfalto e granito e proporcionam uma variação entre baixo e alto atrito em superfície inclinada, e que servem também para conferir a transferência de torque entre as rodas do veículo, avaliando o sistema de controle de tração e sua capacidade de reação nessas condições. E além de tudo isso, a Black Lake é utilizada para os testes de estabilidade dinâmica, em asfalto seco ou molhado e em circuitos demarcados com cones. Os cinco laboratórios, por sua vez, complementam os testes feitos nas vias. O de Análise de Emissões, primeiro a ser implantado, em 1979, otimiza a [6 AGOSTO D E 2 0 1 2 queima de combustível nos motores em busca de melhor rendimento e da redução da emissão de gases. O de Testes Estruturais avalia a durabilidade das carrocerias e de componentes dos veículos. O de Segurança Veicular simula impactos de diferentes direções e ângulos que podem ser sofridos pelo automóvel. Já o de Ruídos e Vibrações identifica o que pode causar desconforto aos passageiros. O Eletro- Campo de provas: acima, um Chevette na pista de durabilidade acelerada, a primeira construída no CPCA; ao lado, a pista circular, com 1.400 metros de diâmetro e área equivalente a 17 Maracanãs Eletrônico – o mais novo deles, pois foi construído com parte do investimento de R$ 170 milhões – realiza testes de desenvolvimento dos sistemas de arcondicionado e de arrefecimento. Mas há algo no CPCA que nesses 35 anos de existência foi completamente mantido: seu cenário natural. O velho casarão da fazenda, que foi habitado durante 25 anos pela família Waldemarin, continua intacto. E apesar das pistas, laboratórios, escritórios e das oficinas, a fauna e a flora permanecem preservadas e em equi-