Jackson
Nascimento Couto
e seu Opala: “Eu
valorizo muito
meu carro, pois
ele mudou toda
uma geração no
mundo
automobilístico”
Para deixá-lo com um aspecto ainda mais elegante e
atraente, Couto precisou fazer algumas mudanças no
veículo. E entre essas alterações, a que mais chama a
atenção das pessoas, de acordo com Couto, são as rodas
traseiras, de aro 15 e com 12 polegadas de largura. Para
acomodá-las, foi preciso refazer o assoalho do carro por
inteiro, e o carro recebeu um chassi tubular. A suspensão
foi desenvolvida com foco em performance para provas
de arrancadas, permitindo assim uma tração maior, o
eixo traseiro foi encurtado e uma
gaiola de proteção interna foi adicionada ao carro. A carroceria também foi modificada para que as
rodas gigantes pudessem ser colocadas na estrutura do automóvel.
Couto diz que, embora todas
essas mudanças tenham demandado bastante tempo, nada paga a
satisfação de ver o Opala pronto.
“Já participei de alguns campeonatos de arrancada.
Uma equipe e eu estamos planejando um campeonato
aqui em São Paulo envolvendo vários outros modelos
antigos”.
Ele afirma que tem grande apego pelo Opala e, por
conta disso, raramente ele deixa que outras pessoas o
dirijam. “Eu não costumo ter esse problema, mas também não deixo qualquer um pilotá-lo. Até hoje, somente minha esposa e meu irmão o conduziram”. Quanto
aos lugares que o Opala já percorreu, ele garante que
não tem o menor pudor em mostrar o automóvel cada
vez mais. “Adoro pegar estrada e sempre que posso
viajo com ele. Uso o meu carro para expô-lo e não para
deixá-lo na garagem”.
Quanto aos gastos para manter o motor afinado, o
técnico diz que poucas vezes precisou se preocupar. “O
segredo de manutenção e conservação é fazer as revisões pelo menos uma vez por ano”. Outros truques para
deixar o Chevrolet com cara de novo são cobri-lo com
capa para evitar a exposição ao sol ou à chuva, verificar
a água e o óleo regularmente, limpá-lo com um pano
seco e verificar as peças de acordo com o período estipulado pelo Manual do Proprietário – o qual, diz ele,
está em perfeitas condições.
Quem pensa que ele só teve este Opala está enganado. Pela garagem de Jackson já passou outra versão
do clássico. “Já tive um Opala Gran Luxo 1973 e espero
poder adquirir outros”. E mesmo com outro carro na
garagem para uso mais freqüente, Jackson não abre
mão de dar voltas pela cidade e pegar estradas com ele.
A maneira como os carros eram feitos antigamente
é uma das coisas que Jackson admira. Ele ressalta que,
mesmo quando havia pouca tecnologia (se comparada
a como os carros são feitos atualmente), a General
Motors sempre foi capaz de fabricar modelos confiáveis
e robustos, que tornam-se clássicos e permanecem
desejados por décadas.
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