Revista Panorama #8 Agosto 2012 | Page 25

Jackson Nascimento Couto e seu Opala: “Eu valorizo muito meu carro, pois ele mudou toda uma geração no mundo automobilístico” Para deixá-lo com um aspecto ainda mais elegante e atraente, Couto precisou fazer algumas mudanças no veículo. E entre essas alterações, a que mais chama a atenção das pessoas, de acordo com Couto, são as rodas traseiras, de aro 15 e com 12 polegadas de largura. Para acomodá-las, foi preciso refazer o assoalho do carro por inteiro, e o carro recebeu um chassi tubular. A suspensão foi desenvolvida com foco em performance para provas de arrancadas, permitindo assim uma tração maior, o eixo traseiro foi encurtado e uma gaiola de proteção interna foi adicionada ao carro. A carroceria também foi modificada para que as rodas gigantes pudessem ser colocadas na estrutura do automóvel. Couto diz que, embora todas essas mudanças tenham demandado bastante tempo, nada paga a satisfação de ver o Opala pronto. “Já participei de alguns campeonatos de arrancada. Uma equipe e eu estamos planejando um campeonato aqui em São Paulo envolvendo vários outros modelos antigos”. Ele afirma que tem grande apego pelo Opala e, por conta disso, raramente ele deixa que outras pessoas o dirijam. “Eu não costumo ter esse problema, mas também não deixo qualquer um pilotá-lo. Até hoje, somente minha esposa e meu irmão o conduziram”. Quanto aos lugares que o Opala já percorreu, ele garante que não tem o menor pudor em mostrar o automóvel cada vez mais. “Adoro pegar estrada e sempre que posso viajo com ele. Uso o meu carro para expô-lo e não para deixá-lo na garagem”. Quanto aos gastos para manter o motor afinado, o técnico diz que poucas vezes precisou se preocupar. “O segredo de manutenção e conservação é fazer as revisões pelo menos uma vez por ano”. Outros truques para deixar o Chevrolet com cara de novo são cobri-lo com capa para evitar a exposição ao sol ou à chuva, verificar a água e o óleo regularmente, limpá-lo com um pano seco e verificar as peças de acordo com o período estipulado pelo Manual do Proprietário – o qual, diz ele, está em perfeitas condições. Quem pensa que ele só teve este Opala está enganado. Pela garagem de Jackson já passou outra versão do clássico. “Já tive um Opala Gran Luxo 1973 e espero poder adquirir outros”. E mesmo com outro carro na garagem para uso mais freqüente, Jackson não abre mão de dar voltas pela cidade e pegar estradas com ele. A maneira como os carros eram feitos antigamente é uma das coisas que Jackson admira. Ele ressalta que, mesmo quando havia pouca tecnologia (se comparada a como os carros são feitos atualmente), a General Motors sempre foi capaz de fabricar modelos confiáveis e robustos, que tornam-se clássicos e permanecem desejados por décadas. AGOSTO D E 2 0 1 2 25 ]