Revista Panorama #6 Junho.2012 | Page 21

Fabio Gonzalez/ABC Imagem Raquel Espósito e Luis Pedrassani, da equipe de Fred Roldan, diretor de Logística da GM América do Sul (à dir.): alinhados com o time de Vendas, para definir a quantidade de veículos que será importada ao Brasil a cada mês mais um GP (Grande Prêmio) de Fórmula 1, a categoria mais importante do automobilismo mundial. Lá pelas tantas – de acordo com a estratégia da equipe –, é chegada a hora de fazer um pit stop (ou parada técnica). É quando se vê uma série de mecânicos com vários instrumentos nas mãos, para realizar troca de pneus, abastecimento e outros ajustes. Com todos a postos, bastam menos de 10 segundos para que o piloto retorne à pista, sem perder muitas posições. No caso da General Motors do Brasil, pode-se dizer que há um verdadeiro pit stop no porto de Rio Grande, localizado na cidade homônima do Rio Grande do Sul. Lá, há profissionais aptos e preparados para receber o Chevrolet Sonic, o recém-lançado compacto premium da marca, que chega da Coréia do Sul. Raquel Esposito, analista de Logística da empresa, exemplifica esse trabalho: “Ao desembarcar no país, o veículo precisa receber um "kit nacionalização", que, dentre muitos itens, é composto por um extintor de incêndio e um triângulo, para atender às normas legislativas brasileiras. Além disso, há toda uma estrutura montada no porto: inspeção completa das unidades, pátio para armazenamento e rampas de carregamento”. Afinal, por mais que elas venham em navios especiais para transporte de automóveis, apelidados de "ro-ro", a viagem é longa – de 38 a 45 dias, de acordo com Raquel –, o que, ocasionalmente, pode causar-lhes alguns pequenos danos. “Por isso, comparamos o porto do Rio Grande a uma mini-fábrica da GMB”, complementa Luis Pedrassani, supervisor administrativo de Logística da empresa, área do departamento de GPSC (Global Purchasing and Supply Chain ou Compras Globais e Cadeia de Fornecedores), que é dirigida por Fred Roldan. Essa equipe trabalha alinhada com o time de Vendas, para definir o número de veículos que será importado ao Brasil a cada mês. “Devo informar ao armador [a companhia marítima dona do navio] as características do modelo, como dimensões e volume de importação da GM. Isso porque nossos produtos vêm junto com os de outras montadoras, o que barateia o custo da operação”, declara Raquel, que revela: “As embarcações 'ro-ro' possuem capacidade para 5 a 6 mil carros. Para o Sonic, temos um navio por mês”. De acordo com Pedrassani, essa foi a primeira importação de veículos da Coréia do Sul realizado pela GM do Brasil. “Por isso, o trabalho foi complexo, já que ainda não havia um processo logístico determinado”, afirma o supervisor. E Raquel reforça: “Um ano e meio antes do início da fabricação do modelo na operação asiática, já estávamos planejando tudo, como contratação do armador, reserva de espaço no navio, documentação, fluxo operacional no porto e teste de carregamento”. JUNHO D E 2 0 1 2 21 ]