Fabio Gonzalez/ABC Imagem
Raquel Espósito e
Luis Pedrassani,
da equipe de Fred
Roldan, diretor de
Logística da GM
América do Sul
(à dir.): alinhados
com o time de
Vendas, para
definir a
quantidade de
veículos que será
importada ao
Brasil a cada mês
mais um GP (Grande Prêmio) de
Fórmula 1, a categoria mais importante do automobilismo mundial.
Lá pelas tantas – de acordo com a
estratégia da equipe –, é chegada a
hora de fazer um pit stop (ou parada
técnica). É quando se vê uma série de
mecânicos com vários instrumentos
nas mãos, para realizar troca de pneus,
abastecimento e outros ajustes. Com
todos a postos, bastam menos de 10
segundos para que o piloto retorne à
pista, sem perder muitas posições.
No caso da General Motors do
Brasil, pode-se dizer que há um verdadeiro pit stop no porto de Rio Grande,
localizado na cidade homônima do Rio
Grande do Sul. Lá, há profissionais
aptos e preparados para receber o
Chevrolet Sonic, o recém-lançado
compacto premium da marca, que
chega da Coréia do Sul.
Raquel Esposito, analista de
Logística da empresa, exemplifica esse
trabalho: “Ao desembarcar no país, o
veículo precisa receber um "kit nacionalização", que, dentre muitos itens, é
composto por um extintor de incêndio
e um triângulo, para atender às normas legislativas brasileiras. Além
disso, há toda uma estrutura montada
no porto: inspeção completa das unidades, pátio para armazenamento e
rampas de carregamento”.
Afinal, por mais que elas venham
em navios especiais para transporte
de automóveis, apelidados de "ro-ro",
a viagem é longa – de 38 a 45 dias, de
acordo
com
Raquel –, o que,
ocasionalmente,
pode causar-lhes
alguns pequenos
danos. “Por isso,
comparamos o
porto do Rio
Grande a uma
mini-fábrica da
GMB”, complementa
Luis
Pedrassani, supervisor administrativo
de Logística da empresa, área do
departamento de GPSC (Global
Purchasing and Supply Chain ou
Compras Globais e Cadeia de
Fornecedores), que é dirigida por Fred
Roldan.
Essa equipe trabalha alinhada com
o time de Vendas, para definir o número de veículos que será importado ao
Brasil a cada mês. “Devo informar ao
armador [a companhia marítima dona
do navio] as características do modelo,
como dimensões e volume de importação da GM. Isso porque nossos produtos vêm junto com os de outras
montadoras, o que barateia o custo da
operação”, declara Raquel, que revela:
“As embarcações 'ro-ro' possuem
capacidade para 5 a 6 mil carros. Para
o Sonic, temos um navio por mês”.
De acordo com Pedrassani, essa foi
a primeira importação de veículos da
Coréia do Sul realizado pela GM do
Brasil. “Por isso, o trabalho foi complexo, já que ainda não havia um processo logístico determinado”, afirma o
supervisor. E Raquel reforça: “Um ano
e meio antes do início da fabricação
do modelo na operação asiática, já
estávamos planejando tudo, como
contratação do armador, reserva de
espaço no navio, documentação, fluxo
operacional no porto e teste de carregamento”.
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