Revista Modern Age Edição #1 | Page 20

Os replicantes da fase Nexus são os mais conhecidos justamente porque eles se tornaram mais inteligentes do que seus produtores e iniciaram uma sangrenta revolta contra os humanos. Afinal, que tipo de inteligência gosta de ser escravo?

Diante disso, os replicantes passaram a ser ilegais e escurraçados pelos humanos. Cabe aos Blade Runners caçarem e "aposentarem" esses indivíduos - função de Rick Deckard (Harrison Ford), um Blade Runner que é designado para caçar quatro replicantes que vieram para Terra prolongar suas vidas. No meio do caminho, ele encontra Rachel (Sean Young), uma replicante que acredita ser um ser humano. Até o desfecho do enredo, os dois personagens passam por guinadas e descobertas que o mais recente, Blade Runner 2049, tanto preza.

Solidão humana e novos replicantes.

30 anos depois, A Tyrell Corporation foi comprada pelo magnata Niander Wallace (Jared Leto) e começa a produzir novos replicantes - mais eficientes e menos questionadores. Os replicantes da fase Nexus continuam ilegais e caçados pelos Blade Runners, que no caso é a função do Agente K (Ryan Gosling). Ao matar um deles, o policial descobre um segredo valioso que coloca em xeque novamente as relações humanas com os seres sintéticos.

Com duas horas e quarenta minutos, Blade Runner 2049 consegue cativar cena a cena até o incrível final. Além de manter a essência conquistada pelo primeiro filme, que é muito bem representada pela direção de fotografia, a obra consegue ampliar o tema. A solidão humana é muito bem elucidada através do relacionamento virtual do Agente K com um holograma replicante, o que paralelamente não atrapalha o ponto principal da história.