Mais recentemente os processos até ocorriam, mas ficou famosa aquela frase que dizia que tudo sempre “terminava em pizza”.
Nos dias de hoje, lentamente, vemos que certos políticos já estão sendo processados, condenados e até presos por seus atos.
Muitos ainda se ressentem da “impunidade” já que as penas parecem um tanto quanto brandas quando pensamos nos crimes desproporcional-mente grandes (principalmente se considerar-mos as cifras envolvidas).
Ainda assim, é inegável uma rota de evolução ocorrida entre inexistência de processos, processos terminados em pizza e as condenações que hoje estamos vendo.
Até mesmo na autonomia do Poder Judiciário, que antes parecia impotente diante dos privilégios políticos, pudemos observar uma modificação.
Portanto, embora seja realmente muito difícil visualizar coisas boas nos momentos difíceis, eu permaneço acreditando, no BEM que poderá resultar dos acontecimentos mais recentes.
O fato de o país ser objeto não só da mídia como também de investigações internacionais envolvendo fraudes em grandes companhias, vai obrigar com que tanto políticos como empresários sejam mais cautelosos e menos atrevidos e gananciosos no momento de sequer cogitar a prática de atos ilícitos. As leis internacionais são muito mais severas do que as nossas, como também a justiça e seus mecanismos mais eficientes.
Recentemente nem se falava em normas contra a corrupção, no entanto hoje elas já integram as leis do país.
Como se vê, mesmo que a passos curtos e lentos, o que parece se ver no final desse capítulo é um país em que os políticos e empresários que se relacionam com os políticos se tornarão no mínimo muito mais cautelosos em seu proceder.
E por esse motivo, também nesse aspecto, acredito que a crise irá afetar a maneira como o governo e as empresas fazem negócios e a partir disso fatalmente veremos uma redução sensível nos níveis de corrupção.
É preciso ter muita paciência, perseverança, resiliência mas temos que nos manter firmes com nosso foco no futuro e principalmente confiantes, já que a evolução não dá saltos, mas inevitavelmente acontece.
E essa é mais uma boa notícia para todos nós.
REVISTA LIDER COACH | Agosto | 11
Simone Santinato| Diretora Administrativa Financeira. Formada em Direito. Responsável por toda a gestão de recursos, contas a pagar e a receber, investimentos e relações com bancos e investidores. Elaboração de prestação de contas, balancetes contábeis e gerenciais e apresentação aos sócios internacionais (EUA e Chile). Especialista em análise de contratos, pela PUC.
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