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LiteraLivre nº 6 – novembro de 2017
aceso perto dos guardanapos de
pano.
Não demorou muito começou um
incêndio que alastrou-se rapidamente.
- Mãe está sentindo um cheiro
esquisito? -disse Elisa.
- Talvez..
De repente, a fumaça começou a
entrar por debaixo da porta. Os
vizinhos sentindo o cheiro e vendo a
fumaça
resolveram
chamar
os
bombeiros.
Usando
um
grampo,
Marisa
conseguiu abrir a porta do quarto que
Carlos as tinha deixado trancadas. O
local já estava em chamas na cozinha,
mas o fogo não chegara à sala ainda.
Marisa saiu com a filha correndo, mas
antes pegou sua bolsa com dinheiro e
documentos que havia deixado na
sala quando chegou em casa.
As duas desceram e saíram pela
entrada de serviço sem serem vistas.
Enquanto isso, ouviram a sirene dos
bombeiros.
- Para onde vamos mamãe?
- Não sei. Pegaremos um táxi.
Como era dia do pagamento de seu
salário, Marisa havia sacado no caixa
o valor total que seria utilizado para
pagar contas mensais.
Caminharam um pouco e entraram
num táxi.
- Por favor, para a rodoviária. -
falou Marisa
- Chegando na rodoviária foram
até ao balcão de compras de
passagens.
- Quero duas passagens a São
Paulo.
- O que está acontecendo mãe?
- Vamos fugir.
Enquanto isso, no edifício onde
moravam, o apartamento continuava
em chamas. Os bombeiros estavam
tendo dificuldades para conter o fogo.
A residência do casal havia ficado
danificada. Por sorte, os demais
apartamentos do edifício, não foram
totalmente danificados.
Carlos, ao chegar em frente ao
edifício disse:
- O que houve aqui?
- Seu apartamento pegou fogo e
ninguém sabe onde estavam Marisa e
Elisa. - disse uma vizinha
Carlos lembrou que deixara as duas
trancadas no quarto e sentiu um
arrepio.. Entrou no edifício e subiu
apressadamente pelas escadas até
chegar ao andar.
- Senhor esta área está isolada.
-disse o bombeiro.
- Mas eu moro aqui e quero saber
notícias de minha filha e esposa
-gritou Carlos.
- Infelizmente, no momento o
senhor não poderá entrar, terá que
aguardar. Qualquer novidade lhe
passaremos.
Enquanto isso, mãe e filha rumaram
a São Paulo. Chegando lá, Marisa, foi
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