Revista LiteraLivre Revista LiteraLivre - 6ª edição | Page 36

LiteraLivre nº 6 – novembro de 2017 aceso perto dos guardanapos de pano. Não demorou muito começou um incêndio que alastrou-se rapidamente. - Mãe está sentindo um cheiro esquisito? -disse Elisa. - Talvez.. De repente, a fumaça começou a entrar por debaixo da porta. Os vizinhos sentindo o cheiro e vendo a fumaça resolveram chamar os bombeiros. Usando um grampo, Marisa conseguiu abrir a porta do quarto que Carlos as tinha deixado trancadas. O local já estava em chamas na cozinha, mas o fogo não chegara à sala ainda. Marisa saiu com a filha correndo, mas antes pegou sua bolsa com dinheiro e documentos que havia deixado na sala quando chegou em casa. As duas desceram e saíram pela entrada de serviço sem serem vistas. Enquanto isso, ouviram a sirene dos bombeiros. - Para onde vamos mamãe? - Não sei. Pegaremos um táxi. Como era dia do pagamento de seu salário, Marisa havia sacado no caixa o valor total que seria utilizado para pagar contas mensais. Caminharam um pouco e entraram num táxi. - Por favor, para a rodoviária. - falou Marisa - Chegando na rodoviária foram até ao balcão de compras de passagens. - Quero duas passagens a São Paulo. - O que está acontecendo mãe? - Vamos fugir. Enquanto isso, no edifício onde moravam, o apartamento continuava em chamas. Os bombeiros estavam tendo dificuldades para conter o fogo. A residência do casal havia ficado danificada. Por sorte, os demais apartamentos do edifício, não foram totalmente danificados. Carlos, ao chegar em frente ao edifício disse: - O que houve aqui? - Seu apartamento pegou fogo e ninguém sabe onde estavam Marisa e Elisa. - disse uma vizinha Carlos lembrou que deixara as duas trancadas no quarto e sentiu um arrepio.. Entrou no edifício e subiu apressadamente pelas escadas até chegar ao andar. - Senhor esta área está isolada. -disse o bombeiro. - Mas eu moro aqui e quero saber notícias de minha filha e esposa -gritou Carlos. - Infelizmente, no momento o senhor não poderá entrar, terá que aguardar. Qualquer novidade lhe passaremos. Enquanto isso, mãe e filha rumaram a São Paulo. Chegando lá, Marisa, foi 31