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LiteraLivre nº 5 - Setembro de 2017 Devastação da Natureza Rosimeire Leal da Motta Piredda Vila Velha/ES Quando a natureza foi ferida, a derme do céu foi atingida. Vimos o sangue se espalhar. Alcançou a hipoderme e o sangramento foi maior e grave. O vermelho coloriu o céu. As plaquetas se recusaram a fazer a coagulação, curativo natural que para o sangramento. As células de defesa estavam fracas com a poluição E não puderam reconstruir a área danificada. Ainda assim, numa tentativa de sobrevivência, surgiu sinais mínimos de renovação. Com a esperança de que com o tempo, haveria cicatrização, prometia amanhecer com um novo céu. Resignou-se com a sua situação. O corte foi muito profundo, a devastação, irrecuperável! A pele que nasceu ficou diferente da original, formando cicatriz. Os jardins, absorveram toda a dor, pincelando todas as flores com o tom avermelhado, representando o coração da natureza, que bate cada vez com menor intensidade. http://www.rosimeiremotta.com.br/ 37