LiteraLivre nº 7 – janeiro de 2018
Janelas
Izabella Maddaleno
Juiz de Fora/MG
Sempre gostei de janelas
pequenas, quadradas, grandes, redondas.
Elas separam mundos, pessoas, vidas.
Numa manhã ensolarada,
as janelas anunciam um novo começo
São as porta-vozes da esperança
Parem e observem o instante,
quem vens vindo?
É a senhora dos remédios.
Traz as mãos enrugadas e envelhecidas
E num gesto gentil e delicado
abre a única janela de sua morada.
E deixa entrar os raios de sol
que iluminam o obscuro e o vazio
de sua existência melancólica.
74