Revista LiteraLivre 7ª edição | Page 52

LiteraLivre nº 7 – janeiro de 2018 Despedida Fernanda Soares Junqueira Ribeirão Preto/SP Temos que saber a hora de ir embora Vou como quem veio de passagem Carrego nas costas um punhado de sonhos e a claridade dos poemas ( essa luz é minha e ninguém pode apagá-la ) Na boca obstinada a canção que não se quis ouvir No olhar saturado de esperas a primavera que não pôde florir, o tempo de um amor já gasto feito dos silêncios das noites não vividas desaventuradas. Vou-me embora ( negada ) Deixo na sua secura lírica o amor derramado feito leite e nem vou chorar por isso. Nem tudo vale a pena independente da grandeza da alma. 47