LiteraLivre nº 7 – janeiro de 2018
Canção da Chuva
Antonio Bastos
Belém/PA
Era Deus a chuva que caia?
Aquele fio dançante de água comprida?
Era a minha vida?
Colossal,
O dinheiro.
Sangrando a vida como carpinteiro
Abissal esperança
Esperando a vida como uma criança
Era bonito
Acreditar com o pedaço da carne
Ser sangue em brasa
Dar o lugar ideal
Ao Descomunal
O Todo Poderoso
Era Celestial
Esquecer os castigos
Procurar abrigo
Nas carícias do tempo
Canção abençoada
Que toca as bases primárias
Põe-te em frente às horas
Alaga um coração desesperado
Inunda.
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