Revista LiteraLivre 7ª edição | Page 112

LiteraLivre nº 7 – janeiro de 2018 Poetar Não Tem Hora Almir Floriano São Paulo/SP Eu gosto de poetar pela manhã Porque as palavras saem orvalhadas Eu gosto de poetar de madrugada Brumadas e cheirosas Porque ela guarda segredos Para quem lê, é um balsamo Que confidenciamos em silencio E a mente segue limpa e perfumada! Me perco em sua cintilância Em lamentos e desesperos Eu gosto de poetar à tarde Pelos crimes não cometidos Quando o sol se põe detrás das nuvens Por mim, em nome do amor! E o pensamento divaga entre elas... Me visto de anjo ou de pássaro Eu poeto a todo instante Te procurando na imensidão multicor Porque o amor não tem hora Vivo sempre me perguntado, Não pede licença para entrar Onde anda o meu amor?!! Nem avisa que vai acontecer Eu gosto de poetar de noite O amor não esta nas sombras do ressentimento Porque minha força está na solidão Nem deixa de existir porque pedimos Da claridade dos meus pensamentos Onde tento escrever seu rosto Ele simplesmente existe Nas tortuosas linhas da minha mão Mesmo que você olhe para o outro lado Eu gosto de poetar de noite Ele estará sempre perseguindo você Porque o silêncio me faz adormecer Abra seus olhos, braços, coração E recostar o corpo em devaneio Não hesite em deixa-lo lanchar em seu corpo Para me juntar a você ! Faça bom uso dos cheiros e sabores Porque o amor é a vida em você! www.facebook.com/almir.floriano.79 107