Revista LiteraLivre 2ª Edição | Page 89

LiteraLivre nº 2 enorme comoção e uma consequente revisão da ética de viagens intemporais e dimensionais assim como um clamor público por aplicações mais rígidas de policiamento e fiscalização. Aproveitando uma folga, Noah assistia sua tevê holográfica quando a campainha tocou. Sem hesitar Noah levantou-se de sua poltrona e atendeu de bom grado para ser surpreendido por oficiais da lei. O motivo da surpresa era um alegado crime o qual ele teria cometido há uma hora atrás, um homicídio. - Doutor Noah, você está preso pelo homicídio de Kimberly Gale, deseja que leia seus direitos? – Disse o oficial da lei friamente enquanto as luzes oscilantes entre o vermelho e azul piscavam cintilantes na porta de sua casa chamando a atenção dos vizinhos. - Só pode ser um engano, passei o dia todo em casa revisando meus trabalhos acadêmicos e... - Temos provas conclusivas de que fora o senhor. Uma filmagem assim como vestígios de DNA. Seu advogado já está a caminho, aconselho o senhor confessar o crime. – Completou o delegado lhe cortando. Todos seguiram para a delegacia, e uma vez detido Noah negou-se admitir um crime que não cometeu, ainda que tivesse ficado chocado com as imagens que vira onde um homem como ele adentrara um recinto e após discutir com um homem uma luta corporal se seguiu levando a arma do homem, Kemberley, disparar contra ele mesmo. No vídeo, Noah aparecia recuando ao ver o corpo caído jazido sem vida, levanta as mãos assustado e então olha para câmera em tom de medo e perplexidade. Exultante com aquilo Noah então corre saindo do 83