LiteraLivre Vl. 3 - nº 18 – Nov./Dez. de 2019
Evandro Ferreira-IWA
Caucaia/CE
O Gravata Branca
Quem olha, pensa num trabalhador granfino e vestido na beca. Poderia ser
também um funcionário do alto escalão de uma empresa.
O Gravata Branca é uma pessoa educada, atenciosa e sempre anda bem
perfumado. Quem o conhece, pensa logo que ele quer chamar atenção das lindas
moças da empresa ou mesmo, dar cantada na mulher de alguém. Gravata Branca
tem um hobby. Ele gosta de vender perfumes importados e "presentear" seus
amigos com amostras de cada perfume em suas peles. Ele é querido por todos.
Depois de muitos anos que se passaram e com o desenrolar das histórias que
as más-línguas iam contando para todos da empresa, parece que começou-se a
perceber que cada qual vinha tendo problemas conjugais em casa.
O Gravata Branca, sempre elegante e "amigo" de todos, não perdia seu
costume de perfumar, como forma de amostra grátis e "gentileza", seus colegas
de trabalho. Certo foi que, as mulheres, sempre mais astutas e perceptivas do
que os homens foram juntando as peças do quebra-cabeça e chegaram numa
conclusão:
- aquelas que tiveram seus esposos perfumados pelo "gentil", Gravata Branca, se
separam. Elas também indagaram aos amigos homens.
Perceberam que Sr Aluízio, Luiz “cabeça de porco”, Paulo da "Cambusa" e
Raimundo da "Bocada", tiveram problemas com suas esposas, pois as mesmas,
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