Revista LiteraLivre 18ª edição | Page 79

LiteraLivre Vl. 3 - nº 18 – Nov./Dez. de 2019 recolhendo a sombra e o passado marginal aonde a longa escadaria nunca foi do castelo e serve ao tribunal do crime e do castigo macabros como eu sirvo ao sonho em que o estranho anjo de asas sangradas planta linguagens inconcebíveis no canteiro em que minhas mãos aparecem penduradas nos caules das generalidades sem nome eu ainda consigo enxergar os passamentos, ainda que as retinas de vidro expressem desenhos orientais um demônio com a face do delírio guarda a porta do túmulo que na verdade é o palacete da emancipação das coisas podres aonde espero, apenas, espero o derradeiro choque da personalidade que mesmo morta, diz com exatidão o que ainda sou e um dia farei mais que ser. http://erikoyalvymalvym.blogspot.com/ [76]