Revista LiteraLivre 18ª edição | Page 197

LiteraLivre Vl. 3 - nº 18 – Nov./Dez. de 2019 Tauã Lima Verdan Rangel Mimoso do Sul/ES Poente Agonizante Cavalga pelo extenso e cerúleo firmamento O sol brilhante! Força incontida em alento Agoniza em mais um dia tão mortificado Tinge as nuvens de sangue avermelhado É mais um poente tristonho e agonizante Visões oníricas, opiáceas e tão inebriante As nuvens dançam ao sabor do vento Lufadas remodelam o desenho cruento Uma manifestação final de um dia odioso Vidas perdidas, lamento tão tenebroso Os carros se movem como serpente A vida esvai-se em um sentido latente Como testemunhas de desmedida dor Erguem-se os prédios em grande ardor Os passantes seguem diante do cair A noite ergue-se sem aviso a iludir Eis o término de mais um dia doído Entre corações perdidos e condoídos Seguem o cotidiano da urbanidade Esvai-se no poente toda felicidade [194]