Revista LiteraLivre 18ª edição | Page 156

LiteraLivre Vl. 3 - nº 18 – Nov./Dez. de 2019 Maria Magaly Colares Recife/PE Das brutalidades humanas… Estes versos não são de esperança, Não são de reconciliação, Não falam de amor. São versos das dores que atravessam Tempo e Espaço, Corpo e Mente, Dores que permanecem, Ainda que digam que se pode se ressignificar... São versos de alguém cujas chagas sangram com constância. Numa forja pela brutalidade humana, Tiraram-me a pureza, Sem me permitirem o direito De reconhecer que a tinha. Tiraram-me a inocência, Dando-me como única Natureza o pecado insensato e incompreensível. Degregaram-me ao silêncio Omisso e pecaminoso. Extirparam de mim a esperança e a fé. Esperança de bons momentos, Fé em dias melhores que não virão. Restou medo e fúria. [153]