LiteraLivre Vl. 3 - nº 18 – Nov./Dez. de 2019
Arthur Fraga Silveira
Ribeirão Preto/SP
Fenômenos naturais
Lembro-me da chuva salgada
caindo diante do meu rosto
Escorrendo dentro da minha boca
podia sentir toda a tristeza e amargura do mundo no meu paladar,
um sentimento sem igual.
Uma tempestade que não parava
e nela vinha um vento forte.
Trazendo milhões de problemas.
Senti um grande desespero,
de não saber para onde correr.
Um furacão enorme
Rico em pensamentos triviais
que me enlouqueciam.
Uma imensa ansiedade cortava minha garganta
fervendo compulsivamente
meu estômago.
Um dia chuvoso e ensolarado
Ao mesmo tempo em que o sol se abria,
chegavam as nuvens cinzas nublando o céu.
Não sabendo o que fazer mais.
Permaneci.
Descobri que quanto mais eu tento fugir
Mais esses fenômenos naturais pairam em mim.
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