LiteraLivre Vl. 3 - nº 18 – Nov./Dez. de 2019
– E quem é ele?
Essa foi à única coisa que me veio a mente para lhe perguntar, pois senti
uma curiosidade imensa. E a moça, levantou-se na pedra e falou a mim:
– Isso você só vai saber quando se banhar na lagoa. E ainda não chegou o
dia. Agora te levanta que nós vamos partir.
Obedeci a e ela. Fitei por uma última vez a lagoa. Sua mansidão era tão
grande quanto sua largura. Ela bebia a lua para se encher. Senti uma profunda
vontade de ficar. Os grilos me chamavam para sua cantiga. As estrelas queriam
me enfeitar de amarelo. Os vagalumes abençoavam-me com suas luzes. O
homem continuava a pescar... Nada disso foi suficiente para que a moça me
deixasse ali por mais um momento. Embora nosso encantamento não tivesse
terminado, tive que partir.
Então me acordei.
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