LiteraLivre Vl. 3 - nº 16 – Jul./Ago. de 2019
Dor de amor não se cura com tarja preta
Monaliza Cristina
Teresina/PI
Eu acordo todo dia às 6:25
Penteio meus cabelos ressecados
Rego minhas flores
Depois me seco de chorar.
No café da manhã troquei ovos
Por três comprimidos de tarja preta
Que engulo com um copo de vinho.
Depois me seco de chorar.
O psiquiatra me manda seguir em frente.
Impossível! Se o remédio que me passou
Não cura dor de amor.
Depois me seco de chorar.
Mas de noite quando chego em casa
Me embriago com mais uma taça
Porque teu amor me fez alcoólatra.
Depois me seco de chorar.
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