LiteraLivre Vl. 3 - nº 16 – Jul./Ago. de 2019
A Superlua e o Amor
Wilson Duarte
Itatiba/SP
Dizem os poetas que a lua pertence aos que se amam. E sob o luar não
há qualquer dúvida quanto a isso. O romantismo aumenta, o luar favorece e faz
com que corações apaixonados se aproximem e se amem ainda mais. Carinhos,
afagos, e beijos leves ou mais ardentes ocorrem sem que o casal perceba. Nessa
hora ambos estão como que ausentes da realidade em um mundo que é só
deles. Juras de amor, promessas de eterno relacionamento e tantas palavras
mais são pronunciadas sem que percebam a passagem das horas. Alguns até
sussurram uma canção de amor. Nesses momentos o tempo para. Nada mais
existe. Ambos sentem-se corno se estivessem no Nirvana, um lugar onde a
felicidade é completa e infinita. Só eles e mais ninguém. Ambos acreditam estar
acima do mundo real, como se o espaço existisse apenas para eles dois.
Problemas e dificuldades todas as pessoas os têm, em maior ou menor
grau, porém, as vicissitudes do dia a dia inexistem nesses momentos. Pelo
contrário, a felicidade está estampada nos rostos e gestos de ambos. O que dizer
então quando tais momentos acontecem sob a Superlua ou Lua Azul, como
também é chamada na noite em que tal fenômeno ocorre. É a lua favorita
daqueles que amam. Assim, essa noite pode significar o início de um longo e
duradouro relacionamento ou mesmo o sacramentar de um relacionamento já
existente. E qualquer que seja a razão pela qual estejam juntos naquele
momento, parafraseando o que disse certa vez o "Poetinha" —alcunha de
Vinícius de Morais — o relacionamento será eterno enquanto dure...
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