LiteraLivre Vl. 3 - nº 15 – Mai./Jun. de 2019
falecido, — no caso eu —, em seu último estertor moribundo na vida e gemido de
morte, perante o testemunho dos familiares. O funeral deveria de ser no Boteco
da Graça.
Decidido, abri a porta do carro já na intenção de dar execução ao plano. Um
ar fuliginoso escapava pelo escape do carro em profusão. Tudo se tornara escuro
e fumarento dentro da garagem. Já não se definia mais nada. Quando respirei
fundo para reerguer o corpo, não consegui: foi meu último suspiro. Sufoquei-me
no terrificante e venenoso gás carbônico do escape. Caí em colapso. E não mais
acordei. Nem vivo nem morto.
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