LiteraLivre Vl. 3 - nº 13 – Jan/Fev. de 2019
Lápis Branco
Ian Veink
Florianópolis/SC
Em uma tarde quente de verão
Queimo
Em meus lençóis enquanto frio
Meu corpo escorre na aquarela
Que pintamos abraçados
Após dias e noites
Seco
Sexo
De saco cheio
Coração vazio
Pego no sono sobre a indiferença da frágil poesia que linha por linha
desenvolvemos
Na memória de cada toque mundano
Das toalhas de banho usadas várias vezes
Deixei me levar por seus gestos
Gostos
Gozos
Prazeres que sinto com meu novo corpo
Sem a noção sensorial que tinha antes
Em uma certa noite me tornei um canalha
Sujo
repulsivo
Agora restam as consequências
Poesia barata
https://lagrimasereticencias.wordpress.com/
85