LiteraLivre Vl. 3 - nº 13 – Jan/Fev. de 2019
pesarosa. Eu queria muito, muito (ah! Como eu queria!) passar mais tempo com
ele. Mas este é o grande destino da vida: o fim. Quem sou eu para alterar a
fatalidade? Como poderia eu alterar o curso natural de tudo o que existe nesta
terra? Agora as lágrimas querem me visitar, mas não quero chorar…. Devo
contentar-me com o fato acontecido, devo aprender com o que passou para
construir algo melhor no meu futuro. No fundo, eu sei que depende de mim.
Mas… as vezes é tão difícil. Tão complicado, tão… tão… Ai… não sei direito, será
que no fundo depende mesmo de mim? Será que sou capaz de (nem que seja)
influenciar (pelo menos um pouco) este curso de eventos para que este fim não
seja tão cruel, tão fatal… Ah! Algo me diz que é possível sim… Mas agora não há
mais o que ser feito, terei que esperar uma nova oportunidade… Sim, porque sei
que novas oportunidades virão, sei que, quando elas então chegarem, eu estarei
pronta para mudar o que for possível e mudar o rumo das coisas (será?). Sim…
Mas… Por hoje, só me resta entristecer-me, em vê-lo quase acabado, quase
destituído de tudo o que era, sim, a terrível sobrevida que ele terá que viver
daqui pra frente. Não quero soar pesarosa demais, nem tão melodramática,
então, digo-te as simples palavras que me vêm ao coração:
Adeus, salário.
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