Revista LiteraLivre 13ª edição | Page 54

LiteraLivre Vl. 3 - nº 13 – Jan/Fev. de 2019 pesarosa. Eu queria muito, muito (ah! Como eu queria!) passar mais tempo com ele. Mas este é o grande destino da vida: o fim. Quem sou eu para alterar a fatalidade? Como poderia eu alterar o curso natural de tudo o que existe nesta terra? Agora as lágrimas querem me visitar, mas não quero chorar…. Devo contentar-me com o fato acontecido, devo aprender com o que passou para construir algo melhor no meu futuro. No fundo, eu sei que depende de mim. Mas… as vezes é tão difícil. Tão complicado, tão… tão… Ai… não sei direito, será que no fundo depende mesmo de mim? Será que sou capaz de (nem que seja) influenciar (pelo menos um pouco) este curso de eventos para que este fim não seja tão cruel, tão fatal… Ah! Algo me diz que é possível sim… Mas agora não há mais o que ser feito, terei que esperar uma nova oportunidade… Sim, porque sei que novas oportunidades virão, sei que, quando elas então chegarem, eu estarei pronta para mudar o que for possível e mudar o rumo das coisas (será?). Sim… Mas… Por hoje, só me resta entristecer-me, em vê-lo quase acabado, quase destituído de tudo o que era, sim, a terrível sobrevida que ele terá que viver daqui pra frente. Não quero soar pesarosa demais, nem tão melodramática, então, digo-te as simples palavras que me vêm ao coração: Adeus, salário. https://escritoraoacaso.blogspot.com.br/ 50