Revista LiteraLivre 12ª edição | Page 47

LiteraLivre Vl. 2 - nº 12 – Nov./Dez. de 2018 Cárcere Doméstico Caroline Cristina Pinto Souza Botucatu/SP Com potência arremessada no chão, Um perpétuo espanco pelo marido; Colérico, em postura hostil de gangue Penha mergulhada em escuridão, Devorava um a um os sentimentos "Se me desobedecer, eu te agrido!" - Despidos da positiva cor mangue. Penha soluçava em atroz tormento. Retumbou o monstro num débil sentido. Tomou surras sem qualquer A esposa, dos olhos jorrando sangue indulgência, Ao pronunciar um socorro comprido, Cárcere doméstico em negligência. O ogro a barrava como um bumerangue. 41