LiteraLivre Vl. 2 - nº 12 – Nov./Dez. de 2018
Cárcere Doméstico
Caroline Cristina Pinto Souza
Botucatu/SP
Com potência arremessada no chão,
Um perpétuo espanco pelo marido; Colérico, em postura hostil de gangue
Penha mergulhada em escuridão, Devorava um a um os sentimentos
"Se me desobedecer, eu te agrido!" - Despidos da positiva cor mangue.
Penha soluçava em atroz tormento.
Retumbou o monstro num débil
sentido. Tomou surras sem qualquer
A esposa, dos olhos jorrando sangue indulgência,
Ao pronunciar um socorro comprido, Cárcere doméstico em negligência.
O ogro a barrava como um
bumerangue.
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