Revista LiteraLivre 12ª edição | Page 44

LiteraLivre Vl. 2 - nº 12 – Nov./Dez. de 2018 Foi quando o bizarro aconteceu: Jules Verne pulou da estante e disse que iria dar uma volta ao escritório em oitenta segundos, que aquilo estava tornando-se uma grande inspiração para ele. Pronto. Foi o estopim que faltava. Logo atrás dele vieram Allan Poe, Victor Hugo e Dostoiévski. Mas quem ficou feliz mesmo foi Stephen King que, num salto com um cavalinho eufórico, dizia ter achado mais um argumento para seus contos de terror. Marx, num canto mergulhado em ostracismo e deslocando uma girafinha cantante, ainda tentou argumentar que toda aquela confusão “produzida em série” era por culpa exclusiva da revolução lúdico-livresca, mas fora logo interrompido por uma irrefreável reação de suas vizinhas espiritualistas. Bem, autores e brinquedos à parte, o protagonista é meu neto, que chega a tempo de unir o lúdico à literatura alojando-os em um único mundo, que o melhor dos mundos mesmo é o da imaginação… 38