LiteraLivre Vl. 2 - nº 12 – Nov./Dez. de 2018
— Saiba que até agora, tudo que me relata complica sua situação. Terá sorte se
conseguir, apenas a prisão.
— O Senhor, ainda não compreendeu doutor. Eu já estou morto. Eu sou o
sofrimento. Eu manipulo, faço as pessoas matarem e se matarem, apenas
dizendo que essa é a única forma de encontrar o sentido de sua existência. Que
há de errado nisto? Somos guiados por aquilo que sabemos, e limitados pelo o
que evitamos admitir. Elas mataram. E morreram. Sem ferimentos no corpo,
porque pra quem admiti o sofrimento, o corpo não importa. Suas mentes se
desprenderam dos seus corpos, e sua existência agora esta em outro nível. Do
qual eu mesmo tenho limitações em entender completamente.
— E já que você é sofrimento, porque ainda está vivo? Explique-me porque sua
mente, não se desprendeu do seu corpo e partiu sabe-se lá para onde.
— Eu sou o equilíbrio. A dúvida. O caminho para o sentido de tudo. Aquele que
está morto, e que não mata. O que vive o agora, mas não pode ir embora,
porque todos precisam sofrer.
—Chega. Terminamos por aqui. Enfermeiros podem levar esse assassino.
— Doutor, me prometa; prometa-me que irar matar alguém. Aceite o sofrimento,
ou sua existência estará perdida. Por favor, compreenda.
—Levem o daqui, chega de baboseira e insanidades.
Relatório/Avaliação Mental:
No dia 03 de Maio de 1999, foi realizada a avaliação mental do assassino
em questão. Delírios dos mais altos níveis foram constatados. O indivíduo admitiu
participação na morte das três mulheres, e relatou que as mesmas cometeram
crimes. Após profunda investigação do departamento de polícia, foi confirmado
que cada mulher cometeu um assassinato; as vítimas tratavam-se humoristas.
Não
foi
possível
comportamentos
encontrar
do
indivíduo
um
em
diagnóstico
questão.
medicamentos antipsicóticos.
35
exato,
para
Recomendo
classificar
altas
doses
os
de