Revista LiteraLivre 12ª edição | Page 105

LiteraLivre Vl. 2 - nº 12 – Nov./Dez. de 2018 Não sou Cronos, uma pedra não me engana. Vou falar até amanhã para acordar correnteza, Para derrubar os muros, aos murros, aos gritos, Minhas veias saltadas é a ira da minha natureza, Enxaguo meu corpo no relento, Não tenho medo do frio, Me esquento no verbo, Porra, verso solto e largo tatua o ar. Entendeu? Não. Foda-se. A minha boca de verso Não é para tempos à toa, Não é para tua loucura rasa. Eu sou a mulher dentro da mulher que sou eu, Sem pretexto, Nem leia, Nem que você queira Nada há de sair de você Que sequer sabe Quem sou Quem é Quem seremos. 99