LiteraLivre Vl. 2 - nº 12 – Nov./Dez. de 2018
Não sou Cronos, uma pedra não me engana.
Vou falar até amanhã para acordar correnteza,
Para derrubar os muros, aos murros, aos gritos,
Minhas veias saltadas é a ira da minha natureza,
Enxaguo meu corpo no relento,
Não tenho medo do frio,
Me esquento no verbo,
Porra, verso solto e largo tatua o ar.
Entendeu? Não.
Foda-se. A minha boca de verso
Não é para tempos à toa,
Não é para tua loucura rasa.
Eu sou a mulher dentro da mulher que sou eu,
Sem pretexto,
Nem leia,
Nem que você queira
Nada há de sair de você
Que sequer sabe
Quem sou
Quem é
Quem seremos.
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