Revista LiteraLivre 11ª Edição | Page 36

LiteraLivre Vl. 2- n º 11 – Set / Out. de 2018

Cajueiro

da Jureia
Paulinho Caiçara Iguape / SP
Cajueiro da Jureia, Que pelo chão se espalhou; Muita gente no passado, Em sua sombra se sentou.
O fandangueiro acalorado, Também ia visitá-lo, Procurando uma garrafa; Para a cachaça degustar.
No quintal de tio Romão, Uma castanha germinou; Um broto seguiu pro alto, Uma árvore se formou.
Quando as frutas amarelavam, Pra escola nós levávamos; Comíamos no intervalo, Debaixo do pé da uvaia.
Em tempo de ademão, O povo nele encostava; As foices para afiar, E depois ir para roçada.
Hoje o cajueiro fica, Num quintal abandonado, Quem visita tira foto, Pra recordar o passado.
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