LiteraLivre Vl . 2 - n º 11 – Set / Out . de 2018
Cajueiro
da Jureia
Paulinho Caiçara Iguape / SP
Cajueiro da Jureia , Que pelo chão se espalhou ; Muita gente no passado , Em sua sombra se sentou .
O fandangueiro acalorado , Também ia visitá-lo , Procurando uma garrafa ; Para a cachaça degustar .
No quintal de tio Romão , Uma castanha germinou ; Um broto seguiu pro alto , Uma árvore se formou .
Quando as frutas amarelavam , Pra escola nós levávamos ; Comíamos no intervalo , Debaixo do pé da uvaia .
Em tempo de ademão , O povo nele encostava ; As foices para afiar , E depois ir para roçada .
Hoje o cajueiro fica , Num quintal abandonado , Quem visita tira foto , Pra recordar o passado .
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