Revista LiteraLivre 11ª Edição | Page 108

LiteraLivre Vl. 2 - nº 11 – Set/Out. de 2018 Por falar em esquecimento, nossas histórias também caíram no ostracismo, vejo muitos livros do Arreia Pote, Areia Pote, Rasga o Pote… espera, deixa eu pesquisar aqui no Google. Um minuto… Harry Potter, muito difícil este nome minha gente! Retomando meu raciocínio, vejo muitos livros americanos nas prateleiras, mas nada nacional, as crianças não leem as histórias de Narizinho, Emília ou então, da Caipora ou Saci. Nossa cultura está se perdendo, não temos Trolls na floresta, temos o Curupira! Por isso que tem tanto desmatamento por aí, pois nossas histórias de criança passavam os princípios morais nacionais de geração a geração: “olha, se você queimar a floresta, a Caipora vai te pegar!". Nossa cultura prega nossos valores, estamos perdendo isso. E não é só isso que estamos perdendo, a educação minha gente, educação é o futuro! A situação está tão grave que a nova geração pensa que o quadrado tem 8 lados! Eu nunca fui muito boa em matemática, mas tenho certeza que tem só 4 lados. Quando não sabemos nem o formato de uma forma geométrica simples há consequências terríveis, como o registro da rapadura pelos alemães ou do cupuaçu pelos japoneses! Tenho certeza que se fosse o contrário não conseguiria registrar a receita de um sushi de salsichão com molho de feijoada. Precisamos de cientistas, precisamos de carros que tenham nosso nome, um nome nacional, precisamos de um navegador que tenha um nome diferente de Google, quero um que tenha um nome nacional, por que não termos um buscador com o nome de Dandara ou Zumbi? Quero exportar um computador chamado “Amazônia” ao invés de importar um “Apple”, por que importar uma maçã, quando podemos exportar várias frutas? Somos ricos, muito ricos. Somos ricos em vários sentidos, já ouviu falar no nióbio? Pois bem, é um metal muito raro usado para construir ligas de aço, é importante na construção de foguetes e supercondutores, 2% deste metal está no Canadá, adivinha onde estão os 98%? Acertou quem respondeu Brasil, exato, Brasil! Todavia, acredito que seja pelo fato de não termos matemática na escola que acabamos vendendo este metal super raro a preço de banana e a banana a preço de nióbio, oooo...meu pai! Tanta coisa acontecendo e a música se calou, não existem mais músicas como Cálice ou Pluft Plact Zum, agora só se fala de amor. Músicos, vocês são tão importantes, animam nossa vida, precisamos que vocês acordem os jovens não que os alienem mais! Cadê o grito dos jo vens? Quando os jovens se calam, existe muita coisa errada por aí. Eu, desafiei meu pai para lutar na guerra, que só voltou a falar comigo porque Dom Pedro I enviou ao meu pai uma carta pedindo que me perdoasse pela desobediência. Precisamos dos rebeldes! Por fim, deixo a minha maior indignação por último. Falei de várias coisas que os brasileiros esquecem, mas mesmo as coisas mais esquecidas, são mais 102