Revista Junho Jornal Manauara -Junho 2017 PG | Page 3
Não se espera perfeição de um Líder, mas credibilidade
Com perdão da piada, só existe uma empresa que possui heróis e heroínas: a Marvel. Em
todas as demais, o que encontramos são seres humanos, demasiadamente humanos.
A perfeição não é a característica esperada (e possível) de um Líder, mas sim sua
credibilidade, alguém em quem se pode confiar. Não é inteligente e eficaz projetar nas figuras
de Liderança atributos que não vemos em nós mesmos.
Quanto à competência técnica, um Líder terá sempre os temas em que seu background é
bom, onde transita confortavelmente. Mas terá um cardápio de outros assuntos alienígenas
aos seus conhecimentos e habilidades. Para estas outras questões, sua inteligência estará
na capacidade de atrair e engajar pessoas mais talentosas do que ele. Nas competências
comportamentais, o desafio será o de montar Times com pessoas alinhadas ao Propósito e
aos Valores da organização.
Note como para nada disso é preciso um ser sobrenatural nas funções de Liderança, mas
indivíduos autoconscientes e merecedores de confiança. E como se consegue isso? Com a
junção de duas características: vulnerabilidade e autenticidade.
A coragem para ficar vulnerável
Times de alta performance possuem Líderes de alta performance, onde há prática de
conversas corajosas, uma cultura de accountability onde há prestação de contas entre
todos, com forte responsabilização e uma prática recorrente de feedback, em que o
Time joga falando e fala jogando, o tempo todo. Nestas equipes, o Líder dá o tom: há
coragem para ficarem vulneráveis uns com os outros, para expressarem livremente
seus pensamentos e sentimentos mais verdadeiros.
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