gestão dos Alunos da Escola de Engenharia de São Carlos ( EESC jr ), Natália Carvalhinho Windmöller , cita que a pegada de carbono ( CO 2 ) tem ganhado destaque e está relacionada com a produção ou captura de CO 2 ( que provoca mudanças climáticas globais ). As empresas com práticas nessa área conseguem participar do mercado de carbono , baseado na compra e venda de créditos de CO 2 ( certificados que atestam a redução das emissões ).
O alinhamento às grandes empresas , a retração de custos e a possibilidade de obter retorno financeiro com a venda de créditos de carbono são exemplos dos benefícios que as iniciativas ambientais podem gerar para empresas . Além disso , atuar em conformidade com as legislações ambientais é o básico que deve , obriga toriamente , ser observado . Para Soler , o que fica mais evidente é o diferencial competitivo para as empresas que conseguirem apresentar uma pegada ambiental positiva . “ Isso naturalmente abre novas oportunidades ou , ao menos , mantém essas organizações no mercado em que estão estabelecidas ”.
Da mensuração à prática
O processo de adequação à governança ambiental exige ações bem estruturadas , que começam com a identificação dos impactos negativos e positivos que a empresa provoca no meio ambiente . Essa análise vai revelar quais são as melhorias necessárias e se já há alguma ação sustentável sendo realizada .
Embora essa análise possa ser feita internamente , a recomendação para empresas que não possuem uma área dedicada à gestão ambiental é buscar o apoio de uma consultoria especializada e multidisciplinar , que vai observar a pegada ambiental a partir de diferentes aspectos . Dependendo da realidade da empresa , é viável que tenha ao menos um analista ambiental para responder por esse tema dentro da organização .
Um dos primeiros aspectos a ser observado nesse processo é se o licenciamento da empresa está em dia . “ É importante ficar de olho na data de renovação e se atentar a possíveis adequações caso a empresa cresça ”, avisa Windmöller . Outro aspecto obrigatoriamente avaliado é o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos ( PGRS ) – que , dependendo da área de atuação , pode ser exigido até mesmo de pequenos negócios .
A partir daí , todos os processos produtivos , administrativos e de serviços da empresa são avaliados a fim de identificar “ melhorias e alternativas sustentáveis ”, salienta Windmöller . Com base nesse trabalho é construída a política ambiental da empresa , documento que registra , entre outras informações , quais metas devem ser atingidas . Dessa forma , se estabelece um Sistema de Gestão Ambiental ( SGA ) em linha com a norma ISO 14001 .
“ Avaliações mais profundas , como a Análise do Ciclo de Vida ( ACV ) ou o inventário de carbono , enriquecem esse processo e , assim como a política ambiental com metas , permitem que a empresa obtenha selos verdes e certificações para comprovar seus valores sustentáveis ”, esclarece Windmöller . 15