Revista - GRUPO JASF 2021 em essência | Page 21

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Perspectivas positivas para o ano de 2022 devem ser consideradas com raciona lidade no planejamento empresarial . Há um entusiasmo promovido pelo avanço da vacinação e a reabertura gradativa das atividades econômicas , mas é preciso analisar criteriosamente os aspectos que sustentam as expectativas .
O professor da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado ( Fecap ), Edson Barbero , avalia que o cenário dependerá muito do setor de atuação da empresa , tendendo a favorecer , principalmente , negócios que mais dependem da circulação de pessoas , como turismo , restaurantes , bares e parte do comércio . Porém , mesmo nesses casos , empresários e gestores precisam construir a percepção sobre como o mercado vai reagir .
“ A principal fonte de conhecimento é o diálogo empático com os clientes ”, afirma Barbero . “ Em linhas gerais , 2022 vai ser um retorno , mas o cenário ainda é de incerteza ”, pondera . A articulação com todos os stakeholders ( além de clientes , fornecedores , colaboradores e investidores , por exemplo ) trará muitas respostas relevantes sobre aspectos como cadeia de fornecimento , gestão de equipes , necessidade de contratação , entre outros pontos , para o planejamento de 2022 .
Os planos precisam contemplar o processo de evolução em relação à transformação digital do negócio . O professor observa que muitas empresas começaram a promover a digitalização recentemente e , agora , devem entender como podem usar as ferramentas digitais com mais eficiência e efetividade . Talvez , o empre sário sinta a necessidade de investir mais ; entretanto , Barbero recomenda que fortes investimentos sejam avaliados com cuidado , pois , além da pandemia , há efeitos econômicos e políticos que podem impactar as empresas e o

O que puder fazer para manter a saúde e a liquidez do caixa é relevante , pois não estamos em um período de pujança econômica

mercado consumidor . Os pontos prioritários do planejamento para 2022 devem ser a preservação do caixa , a elaboração de planos de curto prazo ( por exemplo , trimestrais ) e a criação de uma matriz de riscos . “ O que puder fazer para manter a saúde e a liquidez do caixa é relevante , pois não estamos em um período de pujança econômica ”, orienta . Planejar para o curto prazo e revisar o planejamento constantemente são medidas que favorecem a flexibili dade em momentos de instabilidade como o atual .
Barbero frisa que todo negócio precisa ter uma matriz de riscos que permita identificar os eventos que podem ocorrer e impactar o negócio . É o caso , por
publicada originalmente na edição de out . -nov .’ 21