O estudo fez uma simulação,
excluindo a desigualdade racial no
cálculo das taxas de
assassinatos de jovens no Brasil.
O objetivo foi aferir o impacto da
desigualdade racial na
vulnerabilidade juvenil à violência.
Assim, na hipótese de que a taxa
de homicídios de jovens negros
igualasse a de jovens brancos, o IVJ – Violência e Desigualdade Racial diminuiria
até 9,8%, como ficou demonstrado na simulação realizada no Distrito Federal.
Qual seria a principal causa dos homicídios entre os nossos jovens? A que
tudo indica os fatores que colaboram para o aumento dos números é a
desigualdade social, a instabilidade familiar, o racismo e bullying, práticas de
humilhação e coerção histórico de fracasso escolar, etc..
A maioria desses problemas pode ser resolvida. Se profissionais de
saúde, escolas, famílias e outras instâncias da sociedade buscar a mudança
dessa situação por meio da cooperação de suas forças e recursos para impedir a
perpetuação e agravamento destes quadros, dando lugar à socialização saudável
dessas crianças e adolescentes com dificuldades particulares no convívio
social.
Segundo Engels “A inimputabilidade legal, que torna o jovem quase
inatingível para a polícia e o judiciário, transforma-o no "soldado" ideal para o
crime organizado, tanto assim que o efetivo de segurança das quadrilhas
passou a ser integrado por adolescentes, ágeis fisicamente, destemidos,
audaciosos, procurando firmar-se na sociedade e, por isso mesmo, são
capazes de cometer os mais temerários atos, sem mensurar consequências”.