Revista FAATESP – Ano 1 / n° 01 – Ago 2014
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Marca “Melissa”
Criação da marca
Foi criada em 1979 como inspirações das
sandálias de tiras usadas pelos pescadores
da Riviera Francesa, a Fisherman, nome
deste modelo, foi importada para o Brasil e
vendida nas principais boutiques do Rio de
Janeiro e São Paulo. Com uma ideia de
renovação os irmãos Alexandre e Pedro
Grendene criaram a “Melissa Aranha”, e
como este tipo de sandália era um
fenômeno fora do país, logo seu
lançamento no Brasil também foi um
sucesso vendendo mais de 200 mil pares
em dois meses e no primeiro ano após sua
criação foram vendidas 25 milhões de
unidades.
Por um bom tempo a “Melissa” focou no
público adulto, a partir de 1986 lançou
junto ao público infantil, as Melissinhas,
modelos que vinham acompanhados com
um tipo de acessório especial, como por
exemplo,
pochetinhas,
relógio,
maquiagem entre outros.
A “Melissa” se tornou um grande sucesso e
outros modelos foram lançados, contudo
em 1981 foi registrada uma queda nas
vendas. A queda nas vendas aconteceu
pelo fato da sandália ser feita de plástico.
Tal fator prejudicava a durabilidade dos
calçados,
que
não
duravam
e
consequentemente se usava pouco e logo
o produto se desgastava. Como a “Melissa”
possuía o público-alvo constituído das
classes A e B (que tem com exigência
sempre usarem produtos de boa
qualidade) o desgaste do produto fez com
que um grande número de consumidores
doasse as sandálias para suas empregadas,
o que acabou gerando um conflito e um
marketing negativo se assemelhando a
“Melissa” às sandálias de pobre.
Com as quedas nas vendas a “Melissa” com
uma nova tentativa de se estabilizar e
retornar com força no mercado de
calçados a “Melissa” convida alguns
estilistas como Jean Paul Gaultier, Patrick
Cox e Thierry Mugler, para criarem novas
coleções a fim de chamar atenção por sua
inovação e ousadia.
Em 1994, depois de um período de
estagnação, as sandálias foram relançadas
e novamente. A “Melissa” pensando em
mais renovações, a empresa aumentou
seus investimentos na imagem global da
marca, organizando lançamentos com top
models internacionais como Claudia
Schiffer e investindo em profissionais
renomados nacional e internacionalmente
como Alexandre Herchcovitch e em 2008,
com a estilista britânica Vivienne
Westwood e a arquiteta iraquiana Zaha
Hadid e Judy Blame.
E pensando desta forma no ano de 2004,
iniciou-se o planejamento de exportação
da marca, com um processo de
desenvolvimento da sua imagem no
exterior. Com a mudança o produto
acabou sendo mais valorizado, sendo
vendido de US$80 à US$300,00 dólares.
A
“Melissa”
escolheu
cidades
estratégicas com Tóquio, Londres, Paris,
Milão e Nova Iorque, lugares onde a
moda está latente no mundo inteiro.
Dessa forma a marca ficaria em ascensão
e sua expansão para outros mercados
estaria facilitada.
Na comemoração de seus 25 anos, foi
realizada uma exposição “Plasticorama”,
no Museu de Arte Moderna do Rio de
Janeiro e relançado o modelo “Melissa
Aranha” (o primeiro modelo lançado pela
marca).
Neste ano fechou com os irmãos Campana
e lançou a “Melissa” com cristais
Swarovski, de autoria da designer J.
Maskrey. Uma publicação do Museu de
Design de Londres em 2007 trazia três
menções a modelos de sandálias
brasileiros: duas eram modelos da marca
“Melissa”. Um dos modelos era criação da
estilista inglesa Vivian Westwood e o outro
era assinado pela arquiteta e designer
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