Revista FAATESP Ano 1 / N° 1 - Ago 2014 | Page 30

[email protected] sucedidas (inclusive da autora) que foram relatadas. Com relação a experiência da Academia de Instrutores, foi muito gratificante observar, durante as 50 horas de curso, mudanças significativas de atitude dos participantes e outros que mostravam-se incomodados com os paradigmas que eles próprios alimentavam em contraposição com as ideias apresentadas e as vivências e jogos dos quais participaram, o lúdico, nesse caso em especial, cumpriu o seu papel, desestabilizando e fazendo refletir sobre novas possibilidades de atuação. Uma das principais impressões é de que precisa haver uma grande quebra de paradigmas com relação ao exacerbado uso da racionalidade e cognição em detrimento da emoção e da afetividade, a busca do caminho do meio, que na maioria dos casos, é o melhor caminho. É preciso inovar nas práticas pedagógicas, principalmente na universidade. Talvez seja necessário quebrar esse tabu e ampliar o diálogo entre as duas esferas, escola e empresa. Ambas tem muito que aprender uma com a outra. Os currículos das universidades com cursos de formação de professores precisam reconhecer a importância do lúdico e esse deve aparecer como disciplina e propiciar vivências práticas aos seus alunos, para que eles possam ter um reencontro com seu lado lúdico, espontâneo e criativo, que por anos a fio, foi sendo formatado pela educação formal para que usasse a priori a racionalidade em todas as suas respostas as situações vividas. REFERÊNCIAS ANTUNES, Celso. Ludopedagogia. São Paulo: Editora do Brasil S.A., 1974. BROUGÈRE, Gilles. Jogo e Educação. Trad. Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. CAFÉ, Carina; RAMOS, Gleiciane; FILHO, Maurício; AGUIAR, Vanda Núbia. A ludicidade na formação do professor. Disponível em: Acesso em janeiro de 2012. CARBONE, Pedro Paulo; BRANDÃO, Hugo Pena; LEITE, João Batista Diniz; VILHENA, Rosa Maria. Gestão por competências e gestão do conhecimento. Rio de Janeiro: Ed. Fundação Getúlio Vargas – FGV, Série Gestão de Pessoas, 2005. CAVALCANTI, Roberto de Albuquerque. Andragogia: a aprendizagem nos adultos. Paraíba: Revista de Clínica Cirúrgica da Paraíba, nº 6, Ano 4, 1999. CELESTINO, Marcos Roberto. A formação de professores e a sociedade moderna. São Paulo: Dialogia, 2006. GRAMIGNA, Maria Rita Miranda. Jogos de empresa e técnicas vivenciais. São Paulo: Makron Books, 1995. GRILO, Ana Paula Santiago; QUEIROZ, Cátia Souza de; SOUZA, Ionara Pereira Novais; PINTO, Rita de Cássia Silva. O lúdico na formação do professor. Salvador: UFBA, 2002. KNOWLES, Maycon. Aprendizagem de Resultados: uma abordagem prática para aumentar a efetividade da educação corporativa. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2009. LOMBARDI, Lúcia Maria Salgado dos Santos. Jogo, brincadeira e prática reflexiva na formação de professores. São Paulo: USP, 2005. LUPERINI, Roberto. Dinâmica e jogos na empresa: método, instrumento e práticas