BIOGRAFIA
O flautista e regente Norton Morozowicz, reconhecidamente um dos mais importantes músicos do Brasil, é hoje membro da Academia Brasileira de Música. Detentor de brilhante carreira como instrumentista, solista e camerista, apresenta-se constantemente com renomados artistas nacionais e internacionais inclusive com o maior flautista de todos os tempos - Jean Pierre Rampal com quem fez inesquecível parceria em memoráveis recitais e concertos. Nas décadas de 80 e 90.
Realizou inúmeras excursões pelo Brasil, Europa, Estados Unidos e Canadá, como Flautista-Solista da Orquestra Sinfônica Brasileira durante 17 anos. Como Regente, tem dirigido as principais Orquestras do país, como: Sinfônica Brasileira, Sinfônica Nacional, Sinfônica de São Paulo, da USP, de Campinas, Curitiba, Brasília, Porto Alegre e Salvador, Jazz Sinfônica e Banda Sinfônica de São Paulo, entre outras.
Fundou a Orquestra de Câmara de Blumenau, que, sob sua direção, tornou-se em referencia brasileira de música de qualidade, com abrangências nacional e internacional. Foi o criador do Festival de Música de Londrina.
Idealizou e dirigiu os Festivais de Música de Câmara de Blumenau. Foi ainda Professor Titular e Notório Saber da Escola de Música da Universidade Federal de Goiás. Foi membro da Comissão, indicada pelo Ministério da Cultura para escolha de obras para os Festejos dos “500 anos de Descobrimento do Brasil” e também participou da Comissão que, em 2005, outorgou o Prêmio Jorge Amado para Música Erudita.
Tem sido membro curador das Bienais de Música do Rio de Janeiro Com mais de trinta discos gravados, vem prestando significativa contribuição para a Música do nosso País, por estrear, apresentar e gravar obras significativas de compositores brasileiros de todas as épocas.
UMA CONVERSA COM Norton Morozowicz
Estudantes de Flauta/Setembro 2019 3
Qual foi sua motivação para estudar música e por que a escolha pela flauta?
A música sempre faz parte da minha vida familiar, pois venho de uma família de artistas e músicos de sete gerações na Polônia. Era criança quando ganhei uma flauta doce de presente; aos poucos, meu irmão pianista e compositor Henrique de Curitiba com quem mais tarde fiz o Duo Morozowicz percebendo que eu tinha muita facilidade me encaminhou para estudar flauta transversal.
Norton Morozowicz, conhecemos um pouco da sua trajetória como flautista e regente de importantes orquestras, conte-nos sua trajetória.
Estava cursando flauta transversal na Escola de Música e Belas Artes do Paraná quando o Professor Moacyr Liserra, da Escola Nacional de Música e primeiro flauta da Orquestra Sinfônica Brasileira em contato com meu professor Jorge Franck, sugeriu minha ida ao Rio de Janeiro para finalizar meus estudos de Graduação. Lá chegando, em 1968, fiz concurso para a Orquestra Sinfônica Brasileira, o que significou o grande impulso para minha carreira como flautista solista pois tive a oportunidade de conhecer e tocar com grandes músicos sob a regência dos mais renomados Maestros do nosso tempo.
Sabemos que o senhor estudou com grandes mestres tanto no Rio de Janeiro e depois na Alemanha. Quais foram seus principais mestres na Flauta?
Além dos dois professores acima citados, já em plena atividade profissional, recebi um convite de Aurèle Nicolet para um aperfeiçoamento em sua classe de flauta, na Alemanha.