É o coordenador pedagógico que ajuda o professor na organização da rotina de arte, e juntos elaboram um plano de formação dos conteúdos e propostas que envolvem esse tema, é preciso que o coordenador estimule a equipe docente a refletir sobre as suas práticas, planejar em parceria e vivenciar atividades que podem ser aplicadas em sala, isso é importante para que o educador tenha segurança na escolha dos conteúdos e trace objetivos definidos para suas aulas( MAYRINK, 2017).
A criança, desde de bebê, começa emitindo sons, movimenta o corpo, rabisca as paredes de casa e desenvolve atividades rítmicas, interagindo com o mundo sem precisar ser estimulada. A arte propicia à criança expressar seus sentimentos e ideias, colocar a criatividade em prática, fazendo com que seu lado afetivo seja realçado. No âmbito escolar as artes são essências na interação social da criança e os professores podem desfrutar para trabalhar o afetivo e a interação social da criança, o educador pode utiliza-la no auxílio da motricidade infantil que deve ser bem trabalhada desde a infância para que, futuramente, ela possa sentir a diferença desse recurso na sua vida pessoal, escolar e profissional.
É de fundamental importância nas aulas de arte alimentar a fantasia e estimular a observação, pois são indispensáveis para perceber o que ocorre no cotidiano da criança e é na sala de aula que a arte vai além de uma ferramenta, através dela é possível conhecer e compreender as mudanças que ocorrem no íntimo da criança( ZAGONEL, 2011).
Por muito tempo, de maneira tradicional o ensino de arte era hierarquizado nos seus conteúdos e em relação ao público alvo. A arte era somente estudada nas academias de belasartes. Na escola regular os alunos eram orientados a fazer cópias de desenhos, aprendiam a decodificar uma partitura musical de modo mecânico, os teatros só eram permitidos em datas festivas, sempre visando valores cívicos e morais, a dança estava ligada à Educação Física. O ensino era centrado no professor e voltado apenas para a aquisição de informações, nada era democrático no ambiente escolar e só quem detinha maior poder financeiro poderia ter acesso a esse conhecimento. Pode-se dizer ainda que, se aprendia arte sem ver arte, o que é o mesmo que aprender a ler sem ter acesso aos livros e ao mundo da escrita.
Com o passar dos anos, o ensino passa a centrar-se no aluno e as aulas de arte a desenvolver habilidades que levam ao desenvolvimento da criatividade e liberação emocional. A arte tem muitas funções como: questionar, criticar, sensibilizar, mostrar
196 ABRIL | 2017