Revista de Medicina Desportiva Informa Setembro 2018 | Page 26
Figura 3 – Imagens RM cardíaca de atletas com MCH – avaliação estrutural com vários
padrões de hipertrofia parietal (A-D) e realce tardio (E-G).
Somos uma equipa que aposta
na melhor qualidade possível
para os resultados mais
perfeitos. A formação contínua
e a experiência dão-nos
essa garantia de qualidade.
Usamos os melhores sistemas
tecnológicos:
• Sistema de Imagiologia
• Sistema CAD/CAM
• Tecnologia PRGF (plasma rico em
fatores de crescimento).
Patologias :
• Higiene Oral
• Prostodontia Fixa e Removível
• Implantologia
• Ortodontia
• Periodontia
• Estética Dentária
• Odontopediatria
• Endodontia
• Cirurgia Oral
• Cirurgia Maxilofacial
• Oclusão
Horário:
Segunda a Sexta-feira: 10:00 às 13:00
e 14:00 às 19:00
Sábado: 10:00 as 13:00
Serviço de urgências 24 Horas
964000653
Rua José Coutinho, N.º 20, 1.º Andar Sala 7
4465-180 S. Mamede Infesta – 229011881
[email protected]
24 setembro 2018 www.revdesportiva.pt
mapping. O realce tardio é um parâ-
metro muito importante, correspon-
dendo à presença de fibrose miocár-
dica, determinado após a injeção de
gadolíneo. Como o gadolíneo apre-
senta uma distribuição extracelular,
será detetado na presença de lesão/
destruição celular. A localização, o
padrão e a extensão do realce tardio
permitem fazer o diagnóstico dife-
rencial entre várias doenças, como
por exemplo entre miocardiopatias,
doenças infiltrativas, miocardite e
doença coronária. Além da impor-
tância diagnóstica, o realce tardio
constitui um importante marcador
de prognóstico, pelo facto de ser um
substrato arritmogénico, estando
provado que quanto maior a sua
extensão no miocárdio, maior será
o risco de arritmias ventriculares
potencialmente fatais.
Especificamente na MCH, o realce
tardio localiza-se nos segmentos
mais hipertrofiados e nas zonas de
inserção do ventrículo direito no
septo interventricular. No entanto,
continuam por esclarecer vários
aspetos relativamente à presença
e à relevância do realce tardio em
atletas. Uma percentagem significa-
tiva de atletas, sobretudo praticantes
de modalidades caracterizadas por
elevadas intensidades de exercício,
apresentam realce tardio inespecí-
fico na RM. As causas para este facto
permanecem desconhecidas, mas
algumas hipóteses avançadas são a
existência de predisposição genética,
miocardite prévia ‘silenciosa’, sobre-
carga de pressão na artéria pulmo-
nar induzida pelo exercício extremo
e microlesões repetidas.
Apesar das técnicas de imagem
estarem em constante desenvolvi-
mento e ainda permaneçam muitos
aspetos por compreender, a RM car-
díaca é já na atualidade um exame
fundamental na avaliação do atleta,
nomeadamente na suspeita de
miocardiopatia, mas a sua aplicação
está limitada pelo elevado custo e
reduzida acessibilidade.
Parece que podemos concluir que
as queixas, a história familiar e
a auscultação continuam a ser
fundamentais no exame médico-
desportivo...
A história clínica pessoal e familiar,
com ênfase nos antecedentes car-
diovasculares, bem como o exame
objetivo, são etapas fundamen-
tais no exame médico-desportivo,
permitindo levantar a suspeita de
algumas patologias potencialmente
fatais. Contrariamente à controvér-
sia e à dicotomia que ainda persiste
relativamente à inclusão do ECG na
avaliação pré-competitiva de atletas
entre países europeus e Estados Uni-
dos da América, a história clínica e o
exame objetivo são consensuais.
Especificamente na MCH, destaca-
-se a presença de história familiar
de morte súbita ou de MCH, sobre-
tudo em familiares de primeiro grau,
bem como antecedentes pessoais de
episódios de síncope ou disritmias,
principalmente quando despole-
tadas pelo exercício físico. Uma
história familiar positiva consti-
tui uma red flag para a presença
de MCH, sobretudo se existirem
alterações patológicas no ECG. No
exame objetivo um dado importante
será a presença de sopro sistólico na
auscultação cardíaca, que de acordo
com as suas características poderá
corresponder a obstrução da câmara
de saída do ventrículo esquerdo.