Revista de Medicina Desportiva Informa Março 2019 | Page 23

COXA correlação significativa entre a taxa de lesões e o nível de supervisão na realização de exercícios. Contudo, atletas do sexo feminino, tinham mais tendência a procurar supervisão por parte do treinador em compara- ção com atletas do sexo masculino. Talvez por isso, os atletas do sexo masculino estão mais propensos, comparativamente com as atletas do sexo feminino, a lesionarem-se, mas sem diferenças estatísticas entre as diferentes faixas etárias. 4 Foram também identificadas como frequentes a ocorrência de inflamação e dor tendinosa, de entorse, de lesão muscular minor, enquanto a lesão muscular grave e a luxação são raras. Existem também descrições de rotura miotendinosa do latíssimus dorsi e do tendão de Aquiles. 17,18 Os autores declaram não haver quaisquer conflitos de interesse. Bibliografia Correspondência para: 1. Glassman G. Metabolic conditioning. CrossFit Journal. 2003;1(10):1-2. 2. Paine J, Uptgraft J, Wylie R. Crossfit study. 2010; Disponível em http://library.crossfit. com/free/pdf/CFJ_USArmy_Study.pdf, con- sultado a 26 de Maio de 2017. Amílcar Cordeiro Serviço de Medicina Física e de Reabilita- ção, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC). Coimbra [email protected]; telefone (CHUC): 239 400 555 Restante Bibliografia em: www.revdesportiva.pt (A Revista Online) Avançando para o seu bem estar! COM PLACAS TERMOPLÁSTICAS www.interorto.pt PERNEIRA Conclusão A prática regular de CF não aumenta a incidência lesional comparati- vamente a outras modalidades. O programa regular de treino potencia adaptações e incremento do sistema cardiovascular, neuromuscular e da composição corporal. A prática de CF necessita da pre- sença de técnicos certificados (pelo menos, CrossFit nível 1) e o envol- vimento dos treinadores no ensino aos alunos dos diferentes gestos técnicos. A prática da modalidade em ambientes seguro diminui a taxa de lesões em diferentes faixas etárias. A experiência do treinador é um elemento decisivo na proteção do praticante. Os médicos deverão estar aten- tos aos inúmeros elementos que compõem esta prática desportiva e em alerta para poderem tratar ou orientar possíveis lesões que daí possam advir. Nenhuma avaliação do impacto da prática de CF em Portu- gal foi ainda realizada. Como esta modalidade está em crescimento, espera-se nos próximos anos poder ocorrer um aumento da incidência e prevalência lesional. A implemen- tação de programas mais intensos e exigentes vai também concorrer para este acréscimo do risco lesional. COXA Avançando para o seu bem estar! Revista de Medicina Desportiva informa março 2019 · 21