Revista de Medicina Desportiva Informa Maio 2016 | Page 33

conservador ou cirúrgico . O aparente problema relacionado com o crescimento beneficiou do tratamento conservador e após 6-7 meses ele estava a jogar . Foi a decisão tomada e essa era a tomada . Defende que se mais tarde se constatasse que tinha sido uma decisão errada , todos assumiriam a decisão : “ se é para ir para a direita , vai-se para a direita ; se é para ir para a esquerda , vai-se para a esquerda , mas vão todos ”, concluiu .
A sua preocupação com o jovem jogador vai mais longe na perspetiva do treino . Aquele que vem dos juniores chega para entrar numa equipa com volume e intensidade de treino muito superiores . Este jogador sub-20 ou sub-21 deve ser protegido , pois vai ser sujeito a cargas físicas e psicológicas muito superiores aquelas que tinha no escalão anterior . Ele deve ser devidamente integrado , apesar de a mentalidade ter mudado . Agora já não tem a submissão e o refúgio no canto do balneário , onde assistia á dominância dos mais velhos . Há agora jogadores muito jovens que já invadem todo o balneário , referiu , falando e brincando com muita naturalidade . Mas devem ter cuidado , devem fazer uma vida de profissional , pois , se a fizerem , poderão jogar a elevado nível até aos 32-33 anos de idade . Fica o conselho .
O futebol mudou , o apoio médico mudou , os treinos mudaram e os jogos são mais competitivos . Joga ao sábado , faz um treino de recuperação no domingo e na segunda- -feira dá folga aos jogadores . No passado não era assim , mudou-se o paradigma dos microciclos . “ Tenho aprendido muito ... tenho alterado alguns procedimentos ”. Que grande senhor . Que bela entrevista , que exemplo . Estamos agradecidos , caro Mister Koeman . Basil Ribeiro , em Londres .
Electrocardiographic early repolarization : a scientific statement from the American Heart Association
A American Heart Association ( AMA )
publicou em 12 de abril , na Circulation , uma declaração científica sobre a repolarização precoce ( RP ) algumas vezes constada no eletrocardiograma ( ECG ) do desportista e que muitas vezes obriga a investigação posterior . Um dos objectivos consistiu no fornecimento e orientação para os médicos no sentido da adequada identificação e orientação do risco . Já em 2009 a AMA e o Colégio Americano de Cardiologia haviam considerado esta entidade como uma variante do normal , caracterizada pela elevação do ponto J com um segmento ST normal ou rapidamente ascendente , em linha com a definição com o já considerado , isto é , na ausência de patologia , considerava- -se uma variante do normal , dada a elevada prevalência na população em geral . De acordo com este texto , a RP é agora considerada como a “ elevação não específica do segmento ST nos algoritmos usados nos aparelhos comercias de registo do ECG ”.
É um texto muito interessante que discute a Terminologia à volta da elevação do segmento ST , onde se apresentam muitos exemplos eletrocardiográficos de RP , a Genética e a Base biológica , a Epidemiologia , a Avaliação global do risco , Recomendações para avaliações posteriores e Conclusões . É um texto muito importante que pode ser consultado no sítio desta Revista ( www . revdesportiva . pt ). Ref . Circulation . 2016 ; 133:00-00 . DOI : 10.1161 / CIR . 0000000000000388 .
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